Os Cinco, de Enid Blyton (vols. I - V)

10 a 19 de janeiro de 2013




Não resisto. Não resisto a continuar a ler os livros que recebia sempre que tinha boas notas – por cada nível 5, um livro dos Famosos Cinco! Ou de outra coleção escrita por Enid Blyton J
É com MUITO orgulho e um sorriso enorme que digo que tenho todos os 21 volumes da coleção Os Cinco e que li a maior parte deles 5 ou 6 vezes cada um, tal era o amor que sentia pelas aventuras dos irmãos Júlio, David, Ana, a prima Zé e o fantástico Tim. O companheirismo entre eles, as férias inesquecíveis que passavam ou na Ilha Kirrin ou passeando em roulottes, bicicletas, a pé ou ainda os opíparos (!) lanches que comiam e que me faziam crescer água na boca!! Como é que poderia esquecer-me de tudo isto?...
Não podia e por essa razão lá me dediquei à árdua tarefa de reler toda a coleção de Os Cinco!!!

Volume I – Os Cinco e a Ilha do Tesouro
Os Cinco e a Ilha do Tesouro é o título do primeiro volume e é um dos meus preferidos. Dá-nos conta da primeira vez que os primos vão passar férias a Casal Kirrin e conhecem a Zé. A princípio a relação entre eles não é muito agradável, mas tudo muda quando Tim entra em cena e se torna o elo de ligação entre os quatro.
A partir do momento em que Zé percebe que pode confiar nos primos, “baixa a guarda” e, juntos, vão viver uma fantástica aventura na ilha Kirrin (a ilha da família da Zé e que ela reclama para si) que envolve um antigo barco afundado que volta à superfície depois de uma violenta tempestade, um mapa de um tesouro de lingotes de ouro e uns subterrâneos que ligam o castelo da ilha à costa.

Volume II – Nova aventura de Os Cinco
Neste volume encontramos os Cinco de volta a Casal Kirrin nas férias de Natal. Como quase todos eles estão atrasados nos estudos, o Tio Alberto, pai da Zé, contrata um percetor, o Sr. Roland, de quem, logo à partida, Zé e Tim não gostam mesmo nada.
Contudo, nem tudo é negativo nestas férias… Durante uma visita a uma velha casa vizinha, os cinco descobrem um painel numa parede que desliza e, por detrás dele, um pano com uma inscrição e um desenho que desencadearão um mistério e uma aventura fantásticos!


Volume III – Os cinco voltam à ilha
Outro dos meus volumes favoritos, não só pela aventura, mas também pela gruta onde eles acampam enquanto estão na ilha ( e da qual Ana trata como se fosse uma mini-casa, asseadinha e muito organizada J) e pelo cuidado que a autora colocou na construção das personagens vilãs – os Sticks, o idiota do filho, Edgar, e pelo sarnoso do seu cão, a quem Tim, sempre que pode, dá umas boas mordidelas nas orelhas J
Tal como o título indica, os inseparáveis primos e Tim regressam à ilha Kirrin para acampar por uns dias enquanto a mãe da Zé não regressa do hospital e para fugir à odiosa Sra. Stick (a cozinheira temporária em Casal Kirrin) e família. Será então na ilha que vão viver uma nova aventura que se centra no rapto de uma menina milionária.

Volume IV – Os Cinco e os Contrabandistas
Férias da Páscoa. Após uma tempestade que faz com que uma árvore caia em cima da casa dos pais da Zé e a torne inabitável, os cinco vão passar uma temporada em casa de um amigo de Júlio e David e que se situa numa zona de conhecidos contrabandistas. Aí, entre passagens secretas, desaparecimentos e personagens misteriosas, os “nossos jovens” vivem mais uma entusiasmante aventura!





Volume V – Os cinco e o circo
Desta vez, para gozarem as férias de verão, os primos e o Tim alugam umas “roulottes” e vão acampar para um lago onde também uma companhia de circo está acampada.

Logo se tornam amigos do jovem Dino, do seu chimpanzé e dos seus cãezinhos. Contudo, nem toda a gente do circo é simpática e honesta e os cinco envolvem-se numa aventura mais, na qual desmascaram os roubos praticados pelo tio de Dino e o acrobata Lou.

Retratos de família, de Kate Atkinson

Quarta-feira, 03 de setembro de 2014




Sinopse
Retratos de família acompanha as aventuras de Ruby Lennox, nascida pouco antes da Coroação e filha de Bunty e George Lennox, que vivem por cima de uma loja de animais, em York. Ruby, simultaneamente narradora e protagonista, narra a  história da sua família desde os finais do século XIX aos finais do século XX, descrevendo ainda, e com um rigor extraordinário, não apenas a sua infância, adolescência e idade adulta, mas também os momentos da sua conceção e nascimento.

Opinião
Li pela primeira vez este livro em 1999 e inclusive tirei notas que, agora, com a releitura, se revelaram muito úteis. Já não me recordava de nada da história, mas recordava-me que a sua leitura tinha sido muito agradável e interessante...
Ora foi essa recordação que me levou a tirar esta obra da prateleira mais alta da estante do escritório (já lá estava "esquecido" há uns bons tempos) e arriscar uma releitura. E valeu a pena.
Estamos perante um romance onde travamos conhecimento com quatro gerações de uma família que podemos caracterizar como disfuncional e ao mesmo tempo banal, porque muito do que nos é contado sobre os seus elementos e as suas vida pode parecer-nos estranho, bizarro e vulgar, normal.
Ruby Lennox é o membro mais novo da família e, ao narrar a sua vida, desde, como nos é dito na sinopse, a sua conceção até à sua fase adulta, conduz-nos ao interior de sua casa e à relação e aos laços que a une aos seus pais, às suas irmãs e a outros elementos da família, como as estranhíssimas gémeas Daisy e Rose, suas primas. A relação que tem com seus pais é distinta daquela que estamos habituados a associar a relações pais-filhos. Tanto a sua mãe como seu pai a tratam (como o fazem com as outras filhas) com indiferença, inclusive alguma crueldade, nunca lhe dirigem uma palavra de carinho, incentivo e estão sempre demasiado cansados, irritados, alheados para que naquela casa reine, pelo menos, alguma paz e sossego.
Intercalado com este presente sombrio e cheio de desamor, Ruby, como narradora, vai-nos "oferecendo" capítulos que intitula de "notas de rodapé". É neles que viajamos ao passado e conhecemos as gerações anteriores desta família, sobretudo através dos seus elementos femininos (este romance está realmente repleto de vozes femininas). E compreendemos que a angústia, a raiva contida, o desespero, a frustração de Alice, Nell, Bunty são sobretudo consequência de oportunidades nunca concretizadas e do quanto essa não-concretização pesa na vida de cada uma delas...
Tudo o que foi referido até agora pode perfeitamente fazer com que um possível leitor de Retratos de família considere que este romance está povoado de momentos deprimentes e negativos. Mas não está. E aí é que reside a sua mais-valia e o engenho da autora, pois a sua prosa é rica, convincente, surpreendente, divertida, espirituosa e arrancou-me, por várias vezes, umas boas gargalhadas!
Resumindo, ainda bem que confiei no meu instinto e nas minhas recordações e reli este romance, porque deu-me muito gozo fazê-lo!
Aqui ficam alguns excertos:
"No fundo, a guerra mais não fora do que uma fonte de desilusões para Bunty. Ela perdeu algo na guerra, mas só descobriu o que era quando já era demasiado tarde: a oportunidade de ser outra pessoa."

"Talvez o meu conceito de amor - tão vasto como o firmamento - não seja suficientemente abrangente para conter o comportamento maternal autista de Bunty."

O aroma das especiarias, de Joanne Harris

Quarta-feira, 09 de janeiro de 2013




Sinopse
"Alguém me disse uma vez que, só em França. duzentas e cinquenta mil cartas são enviadas todos os anos aos mortos. O que ela não me disse foi que, por vezes, os mortos respondem..."
Quando Vianne Rocher recebe uma dessas cartas, ela sente que a mão do destino está a empurrá-la de volta a Lansquenet-sur-Tannes, a aldeia de Chocolate, onde decidira nunca mais voltar. Passaram já oito anos, mas as memórias da sua mágica chocolataria La Céleste Praline são ainda intensas. A viver tranquilamente em Paris com o seu grande amor, Roux, e as duas filhas, Vianne quebra a promessa que fizera a si própria e decide visitar a aldeia no sul de França.
À primeira vista, tudo parece igual. As ruas de calçada, as pequenas lojas e casinhas pitorescas... Mas Vianne pressente que algo se agita por detrás daquela aparente serenidade. O ar está impregnado dos aromas exóticos das especiarias e do chá de menta. Mulheres vestidas de negro passam fugazes nas vielas. Os ventos do Ramadão trouxeram consigo uma comunidade muçulmana e, com ela, a tão temida mudança. Mas é com a chegada de uma misteriosa mulher, velada e acompanhada pela filha que as tensões no seio da comunidade aumentam. E Vianne percebe que a sua estadia não vai ser tão curta quanto pensava. A sua magia é mais necessária do que nunca!"

Opinião
Já aqui confessei que sou uma admiradora da obra de Joanne Harris, que Chocolate, Cinco quartos de laranja ou A praia roubada foram romances que me conquistaram plenamente. Contudo, também é verdade que houve outros que me dececionaram. Um deles foi o segundo da série Chocolate - Sapatos de Rebuçado - talvez porque Vianne Rocher não é a mesma personagem alegre, confiante, destemida, aventureira que me encantou em Chocolate.
Sendo assim, foi com um pouco de reserva que retirei O Aroma das Especiarias da estante, o abri e iniciei a sua leitura... Contudo, à medida que a leitura prosseguia, tive que deitar essa reserva para trás das costas, porque voltei a deleitar-me com os ingredientes que tanto me agradaram em Chocolate - a aldeia de Lansquenet-sur-Tannes, o tonto do cura Reynaud e, sobretudo, a "boa e velha" Vianne Rocher de volta!
Tal como nos informa a sinopse, Vianne regressa Lansquenet-sur-Tannes oito anos depois. Tudo parece estar exatamente igual, mas há aromas distintos no ar e uma tensão palpável entre quem vive nas duas margens do rio. Como não podia deixar de ser, a curiosa Vianne intromete-se e será através dela, das suas tentativas de se aproximar, uma vez mais, do cura Reynaud e da nova população islâmica instalada em Les Marauds que entraremos nas suas vidas, nas razões que os levam a estar de costas voltadas e compreenderemos que, mesmo numa pequenina e pacata aldeia do sul de França, as diferenças entre credos e culturas, a violência que se comete contra as mulheres são um espelho do que se passa em França e não só.
Resumindo, Joanne Harris voltou a fascinar-me, a conquistar-me com o poder dos sentidos, os aromas, os ventos e, ao mesmo tempo, abriu-me as portas de uma dura e atual realidade. Valeu a pena abandonar as reservas que sentia desde a leitura de Sapatos de Rebuçado e deleitar-me com o volume que encerra(?) a série Chocolate!

Gostei muito e recomendo!

A tulipa negra, de Alexandre Dumas

Sábado, 29 de dezembro de 2012



Sinopse: 
Em 1672, Guilherme de Orange toma o poder na Holanda. Cornélius van Baerle, um promissor botânico cujo único desejo é criar uma túlipa negra perfeita, irá envolver-se inadvertidamente nas intrigas políticas da época. Depois do massacre do seu padrinho, é acusado de traição e condenado à morte. Todas as suas esperanças repousam em Rosa, a bela filha do carcereiro. Os dois jovens verão o seu amor desenvolver-se ao ritmo do crescimento desta túlipa que Rosa cultivará no seu quarto. Mas há ainda um inimigo que terão de enfrentar! (in Goodreads)


Opinião
Este livro é um clássico. E de um grande autor das letras francesas. Mas… ou não o li na melhor altura ou já não tenho a apetência necessária para apreciar este género de obras românticas e, por vezes, piegas…
Senti que os 3 dias que demorei a lê-lo foram uma perda de tempo…

E acho que não tenho mais nada a dizer… A não ser BOM 2013!!!