Segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Sinopse
Leonardo Bazán, escritor, regressa a casa dos pais
numa madrugada de 2010 quando testemunha, por acidente, um assalto à casa
vizinha. Não é um assalto vulgar, pois é perpetrado por um grupo de crime
organizado de que fazem parte agentes das forças da autoridade. Mas o que mais
perturba o escritor é a recordação de um assalto de contornos semelhantes,
ocorrido naquela mesma casa trinta e seis anos antes, pouco tempo depois da
instauração da ditadura militar que engolia a Argentina numa onda de terror
galopante.
As memórias de Leonardo, à altura com 13 anos, recuperam a figura de Diana Kuperman, antiga ocupante da casa assaltada e vítima de tortura psicológica pelo poder vigente. Mais do que apenas recordar, Leonardo questiona qual terá sido o papel do pai nos acontecimentos que levaram à detenção da vizinha. Para poder entender, Leonardo começa a escrever um romance, com o objetivo de resgatar e exorcizar um passado que tudo fizera para esquecer. Talvez assim possa salvar-se da sua própria cobardia.
As memórias de Leonardo, à altura com 13 anos, recuperam a figura de Diana Kuperman, antiga ocupante da casa assaltada e vítima de tortura psicológica pelo poder vigente. Mais do que apenas recordar, Leonardo questiona qual terá sido o papel do pai nos acontecimentos que levaram à detenção da vizinha. Para poder entender, Leonardo começa a escrever um romance, com o objetivo de resgatar e exorcizar um passado que tudo fizera para esquecer. Talvez assim possa salvar-se da sua própria cobardia.
Pista atrás de pista, o escritor aproxima-se do
mistério, ao mesmo tempo que faz uma viagem pessoal pelo medo, pela reação à
brutalidade do poder e pela memória do terror e da cobardia. Um texto tão
íntimo quanto político, tão confessional quanto misterioso.
Opinião
Prémio Alfaguara Romance
2012, Numa mesma noite é um thriller com muito boas
críticas, mas cuja leitura, para mim, se revelou uma tortura e um desgosto… Detesto
dedicar-me a ler uma obra que, pelas opiniões de nomes consagrados, é uma obra “a
não perder” e, a meio da sua narrativa, ter consciência de que só o orgulho e a
teimosia de não deixar a sua leitura a meio me farão levá-la até ao fim!... E
infelizmente foi isso que aconteceu com este romance de Leopoldo Brizuela…
Tudo o que li na sinopse me
cativou de imediato e por essa razão maior foi a deceção quando, à medida que a
leitura se ia desenrolando, fui constatando que a narrativa nada tem do que
esperamos de um thriller, que é muito confusa, que não nos dá respostas para o
que se poderá ter passado tanto no momento presente (2010) como nos anos 70 e
que, para piorar, não nos oferece uma conclusão, um desenlace, o que, na minha
opinião, poderia ter como que bálsamo no meio de tanto tédio e frustração…
Sendo assim, ou este não era
para mim o momento adequado para ler esta obra, ou então considero que um
prémio tão prestigiado como o da Alfaguara não foi devidamente atribuído,
principalmente porque não sou a única a dizer (já li comentários em outros
blogues e que vão ao encontro do meu) que Numa mesma noite não
consegue cativar o leitor, não consegue que o interesse despoletado pela
sinopse se mantenha ao longo da narrativa… Pelo contrário, torna-se algo penoso
levar a sua leitura até ao fim L
O único aspeto positivo
que retirei desta leitura foi o conhecimento que adquiri da ditadura que
assolou a Argentina, como assolou muitos outros países latino-americanos… Mas,
de resto, não posso dizer que recomendo a sua leitura…
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