O
balanço deste mês vai ser mais parco em palavras do que habitualmente porque os
números dizem tudo o que haveria para dizer.
Li
apenas quatro obras – uma releitura, uma obra infanto-juvenil, uma emprestada e
outra que me possibilitou entrar pela primeira vez no mundo de uma autora
portuguesa que quero continuar a conhecer.
Que
dizer da releitura que já não disse na correspondente opinião? Como abordar em
poucas palavras a releitura de uma das obras da minha vida, de uma narrativa
que continua impregnada em mim e que sei que lerei de novo uma e outra vez? Vir ao mundo tem esse efeito. Um
romance devastadoramente belo, escrito de forma magistral por Margaret
Mazzantini, uma das minhas autoras.
Voltei
com Tempo de descontos às
leituras partilhadas com o filhote. Voltei aos relvados de futebol, às
aventuras de Rafael e Rodrigo, dois jovens que amam o desporto-rei e que à
custa dele vivem peripécias que fazem com que a coleção Heróis de futebol atraia miúdos e até graúdos.
Parti
de uma belíssima opinião e consequente sugestão da Isa de Jardim de Mil
Histórias e descobri mais um talento na nova literatura portuguesa. Li Demência, o romance de estreia de
Célia Correia Loureiro e fiquei agradavelmente surpreendida com a maturidade de
uma menina escritora que não tinha muito mais de vinte anos quando o escreveu.
Agradou-me a sua escrita simples, mas envolvente, agradou-me a construção das
personagens e agradou-me o desenrolar da narrativa. É assim uma autora em quem
vale a pena continuar a apostar.
Terminei
o mês de junho com mais um regresso. Desta vez regressei às letras de Rosa
Montero, que tanto me haviam entusiasmado com as obras Amantes e Inimigos e A
ridícula ideia de não voltar a ver-te. Usufruindo de mais um empréstimo,
conheci A louca da casa, outra obra híbrida, sem um género específico (tal como
a que aborda a vida de Marie Curie e da própria autora) e que nos faz penetrar
no mundo dos escritores, no que os move a escrever, nas suas inseguranças,
paranoias, nos seus mundos reais e imaginários e naquilo que os caracteriza
como seres humanos e profissionais da escrita. Não posso dizer que tenha
apreciado esta terceira obra de Rosa Montero como apreciei as suas
antecessoras, mas isso não impede que queira ler mais daquilo que esta
escritora espanhola já escreveu ou venha a escrever. De preferência ficção.
Retomo
o que referi na introdução deste balanço porque junho foi um mês de proporções
muito obesas no que diz respeito a novos habitantes da estante. Como sabem, no
início do mês todos os que vivem cá em casa rumámos pela primeira vez à Feira
do livro de Lisboa e de lá viemos com o coração e as sacas cheias de alegria e
um prazer saboroso como poucos. A minha prateleira da estante engordou ainda
mais com estes novos “pecados” que figuravam há algum tempo na wishlist:
Afirmar
que todos viemos de sacas cheias não corresponde inteiramente à verdade porque,
como o tempo foi escasso para perambular por todos os stands da Feira, o
maridinho deu primazia aos nossos desejos (meus e do filhote) e não comprou
nada para ele. Como tal, senti-me de consciência pesada praticamente o mês todo,
mas consegui compensá-lo e mesmo antes de junho findar-se, presenteei-o com
estas duas obras que vão direitinhas para a prateleira do N. e que não ficarão por
lá muito tempo a apanhar pó:
Junho
foi ainda um mês muito especial porque provou (como se eu ainda tivesse
dúvidas) que estou rodeada de pessoas que me querem muito bem, que, através de
um gesto de carinho e altruísmo, me fazem sentir ainda mais feliz, ainda mais
sortudo. Obrigada, querida Ana Sofia, muito obrigada mesmo por me teres mimado
com obras que até há poucos dias estavam na tua estante e agora estão na minha.
Prometo que vou tratá-las com o apreço e cuidado que elas merecem e que, sim,
que vou lê-las! Vou lê-las e vou escrever a correspondente opinião de cada uma,
com a sinceridade e a emoção que ponho em cada leitura que faço!
Os
números dizem tudo – junho foi preenchido com 4 leituras e preencheu a estante
com nada mais, nada menos do que 12 novos habitantes!
Resta-me
terminar deixando-vos os links para
acederem à opinião completa das obras lidas este mês:
Se todas as famílias fossem como a tua, o mercado livreiro andaria de vento em popa! Eu este mês também fui amiguinha das editoras e dos alfarrabistas e o descalabro foi tal que tive de ir comprar uma prateleira para preencher um cantinho minúsculo ainda vazio do meu escritório! Mas em mês de Feira, não se pode pedir muito controlo, não é? Diz que sim...:-)
ResponderEliminarNo mês de junho descobri um escritor que muito me agradou, Alessandro Baricco. "Seda" e "Sem Sangue" são duas pequenas pérolas surpreendentes.
E que belas amigas que tu tens! Também tenho Siddhartha e Debaixo de Algum Céu por ler.
Paula
Ehehehe, claro que todas essas compras estão mais do que justificadas e o canto do teu escritório estava a precisar desesperadamente de ser preenchido! E nada melhor do que uma prateleira com livrinhos novos!
ResponderEliminarFiquei muito curiosa com as tuas sugestões e a biblioteca da terrinha tem "Seda" e "Castelos de raiva"!!! Já os anotei!!
Sim, tenho não só amigas como companheiras "digitais" muito queridas, que me dão livros, emprestam ou dão dicas suculentas.
Obrigada e beijinhos!