Quarta-feira, 13 de maio de 2015
Entre a criação de exercícios para um
teste, planos para uma hipotética viagem em busca de “tesouros” por terras
espanholas, a deliciosa “charla” com as minhas compinchas terminou de forma
perfeita, com mais uma sugestão de um livro que me deixou a ferver de
curiosidade!
Romance
publicado em 1965, caído no esquecimento. Tal como o seu autor, John Williams –
também ele um obscuro professor americano, de uma obscura universidade.
Passados quase 50 anos, o mesmo amor à literatura que movia a personagem
principal levou a que uma escritora, Anna Gavalda, traduzisse o livro perdido.
Outras edições se seguiram, em vários países da Europa. E em 2013, quando os
leitores da livraria britânica Waterstones foram chamados a eleger o melhor
livro do ano, escolheram uma relíquia. Julian Barnes, Ian McEwan, Bret Easton
Ellis, entre muitos outros escritores, juntaram-se ao coro e resgataram a obra,
repetindo por outras palavras a síntese do jornalista Bryan Appleyard: “É o
melhor romance que ninguém leu”. Porque é que um romance tão emocionalmente
exigente renasce das cinzas e se torna num espontâneo sucesso comercial nas
mais diferentes latitudes? A resposta está no livro. Na era da híper
comunicação, Stoner devolve-nos o sentido de intimidade, deixa-nos a sós
com aquele homem tristonho, de vida apagada. Fechamos a porta, partilhamos com
ele a devoção à literatura, revemo-nos nos seus fracassos; sabendo que todo o
desapontamento e solidão são relativos – se tivermos um livro a que nos
agarrar.
Stoner, de John Williams, reeditado pela Dom
Quixote. Mal posso esperar por te ter nas mãos. Para já, viajas para a wishlist, mas não demores muito a “cair”
na minha estante J
Gracias, Nancy, por esta estupenda
sugerencia J
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