Novembro já cheira, ou melhor, já
transpira Natal. E todas as livrarias – físicas e digitais – despejam na caixa
do mail e das mensagens de telemóvel carradas de promoções que me levam, por um
lado a aproveitá-las com sofreguidão e, por outro, a desesperar com tentações a
que não posso, de maneira alguma, atender.
Durante este mês comprei, na
totalidade, dez livros, mas metade deles são para oferecer na véspera de Natal.
Dos restantes cinco um já está a ser lido pelo filhote, outro é para o
maridinho e três – apenas três – são obras que assentam como uma luva na minha
estante pessoal 😄
No
país da nuvem branca,
de Sarah Lark, é o primeiro volume de uma trilogia que despoletou a minha curiosidade
há já algum tempo, sobretudo por causa de opiniões muito positivas que da mesma
correm pelos meandros da blogosfera. Admito que não procurei saber muito sobre
o teor da narrativa de nenhum dos volumes e correspondentes personagens. Apenas
sei que as três obras são obras de época e que a primeira nos leva até aos
confins do nosso planeta, ou seja, até à misteriosa e muitíssimo apelativa Nova
Zelândia. É óbvio que as expectativas são de alto calibre, mas algo me diz que
não vão cair em saco roto…
Sigo com muita dedicação dois blogues –
Jardim de mil histórias e Planeta Márcia. Entre as três
vamos trocando opiniões e sugestões que me vão levando a acrescentar títulos à
wishlist ou simplesmente me “obrigam” a não passar por esse passo intermédio e
ir de imediato às compras. Foi o que aconteceu este mês. Não consegui ficar
indiferente à maravilhosa opinião que a Isaura de Jardim das mil histórias escreveu após a leitura de Demência de Célia Correia
Loureiro, uma autora portuguesa que eu desconhecia. Tentei logo ver se poderia
encontrar a obra na biblioteca municipal, mas, como infelizmente não faz parte
do seu espólio, aproveitei uma das muitas promoções que a WOOK vem fazendo e
adquiri-o. Na encomenda vieram mais dois inquilinos, também de autoras
portuguesas. A mulher-casa, de
Tânia Ganho também não mora na biblioteca da terrinha e como a opinião que a
Márcia escreveu da respetiva obra era demasiado apetitosa para ser ignorada,
aproveitei que estava a um preço muitíssimo bom e agora já habita a estante.
Para que o maridinho me perdoe estas recaídas de “livrólica”, ofereci-lhe Vitória, de Luísa Beltrão, um
romance de carácter histórico e que sei que lhe adoçará uns dias vindouros.
O trabalho, as correrias e as minhas
leituras têm-me impedido de atualizar aqui no blogue as leituras do filhote e
quem por cá passa com assiduidade deve estar a estranhar o facto de há já uns
bons meses eu não ter publicado nada do que tem lido o mais pequenote. É
verdade que ele ainda não possui a perseverança dos pais e vai deixando algumas
leituras a meio, mas em abono da verdade tenho que dizer que estou em falta com
o D. e que há pelo menos duas opiniões de livros que ele leu que tenho ainda
por publicar. Uma delas é sobre o primeiro volume de uma coleção que se chama Os heróis do futebol e que o tem
deixado entusiasmadíssimo. Aliás, suspeito que foi uma das leituras que mais
deliciou o meu filho. Dava gosto vê-lo concentrado, de dedito a seguir a
leitura e a querer ler mais um capítulo antes de dormir “só para saber o que se
vai passar, mamã!”. Sendo assim, para dar alento a esse entusiasmo e para
presenteá-lo pelas boas notas que está a ter, comprei-lhe o segundo volume da
coleção escrita por Gerard Van Gemert – Jogo
Perigoso – e ele lá o vai lendo nos intervalos de estudo, treinos e
jogos e outras brincadeiras.
No que diz respeito a livros lidos,
este mês voltou a ser preenchido com cinco leituras. Arranquei novembro com A senda estreita para o norte profundo,
uma leitura crua e poderosíssima que me transportou de volta à Segunda Grande
Guerra, mas a palcos menos habituais – Austrália, Japão e outros territórios
asiáticos. Em seguida, estreei-me em leituras digitais e li Lo que dicen tus ojos, de
Florencia Bonelli, uma autora argentina e uma das favoritas da Cristina, a
minha benfeitora, que continua a inundar-me o mail com obras em formato e-book.
Novembro também ditou que me inaugurasse no mundo literário de Ondjaki. Uma escuridão bonita é uma
leitura que transborda sensibilidade, ternura, poesia em prosa, acompanhado de
ilustrações que casam na perfeição com as palavras de um autor que quero
continuar a saborear. Com a quarta obra lida – Se o passado não tivesse asas – mantive-me em terras
angolanas e revisitei o estilo suave e contemplativo de Pepetela. Nos últimos
dias do mês li Cortei as tranças,
de António Mota. Não me encheu as medidas, não será uma leitura que
aconselharei ao filhote (a protagonista é uma menina e a ação passa-se num
tempo e lugares que se figurarão como quase irreais para ele, nascido em pleno
século XXI), mas também não posso afirmar que tenha sido um desperdício de
tempo.
Antes de terminar este balanço que
para além de algo tardio vai igualmente longo, quero agradecer do fundo do
coração à Cristina que, ao longo deste mês, me presenteou com estas obras:
§ Historia
de un canalla (História de um canalha), de Julia
Navarro
§ La
templanza, de
María Dueñas
§ Mil
soles esplendidos
(Mil sois resplandecentes), de
Khaled Hosseini
§ Te
dejé ir (Deixei-te ir), de Clare
Mackintosh
Por fim, deixo-vos o link que vos permite aceder à opinião
completa das obras lidas este mês:
Espero que o vosso mês tenha sido tão
bom ou ainda melhor e que partilhem comigo o que leram e o que compraram.
Olá Ana!
ResponderEliminarObrigada pela referência ao meu planeta! :)
Neste momento o teu blogue e o da Isa são os únicos que acompanho com mais assiduidade. A maioria é toda muito parecida (igual, vá).
Não era gira fazermos uma leitura conjunta as três?
Ah e sigo também o blogue da Roda dos Livros, claro. Mas nesse eu também participo.
Boas leituras e livros no sapatinho!
É como digo no Balanço - nunca me arrependo de espreitar o teu planeta - é um consolo!
EliminarAdorei a ideia de fazermos uma leitura conjunta, as três! Bora lá para a frente com isso :)
Beijinhos e que tenhamos um Natal muito "literário"!
Vamos, vamos! Isa, o que achas! :)
EliminarAi estas blogguers só nos fazem perder a cabeça :)))
ResponderEliminarQue bom que compraste o Demência! Espero que gostes, pois sinto-me responsável!!
Também tenho muita curiosidade com o Mulher-Casa da Tânia Ganho :)
Esta altura do ano é bom comprar livros :)
Beijinhos e boas leituras
Pois é, quem nos manda cuscar os cantinhos de bloggers tão entusiasmantes como tu? :)
EliminarDepois partilho as opiniões de Demência e Mulher-Casa - só daqui a uns mesitos, porque a minha mania de leituras cronológicas dita que ainda esteja a ler livros comprados em Julho!!!
Olha, a Márcia sugeriu fazermos uma leitura conjunta - alinhas? Gosto muito da ideia!
Beijinhos e leituras com muito sabor!
Eu e a Isa já tínhamos explorado a ideia da leitura conjunta, mas ainda não aconteceu. A três pode ser mais engraçado.
EliminarOlá Ana
ResponderEliminarTenho especial curiosidade no livro No País da Nuvem Branca, fico à espera para ver a tua opinião :)
Beijinhos e boas leituras
Olá, Sara!
EliminarEu também, já o perseguia há muito tempo! Acho que vai corresponder às expectativas )
Beijinhos e leituras saborosas!
Também sou como tu com o meu filho, prefiro que ele leia o que prefere (às vezes, coisas tolas) e se divirta, na esperança de que apanhe o bichinho e passe para coisas melhores.
ResponderEliminarNo mês passado comprei um monte de livros baratinhos, mas os dois últimos foram "Transgressão" de Rose Tremain e "Irlanda" de Espido Freire, que se calhar conheces, gostando tanto de literatura espanhola.
Paula
É isso mesmo, Paula, o que quero é que ele apanhe o bichinho e a forma como lá chegue é o menos importante!
EliminarQuanto às tuas aquisições, não conheço nenhuma delas, embora já tenha lido uma obra de Rose Tremain. Tenho que ir cuscar o de Espido Freire ;) Obrigada pelas sugestões!
Beijinhos!