Balanço mensal - livros lidos e oferecidos/adquiridos em janeiro


Janeiro é, como alguns já sabem, um mês muito, muito saboroso cá em casa porque, como é mês de duplo aniversário (meu e do meu querido maridinho), oferece-nos de bandeja a desculpa ideal para que nós ou quem nos quer bem recheie ainda mais a estante que ainda vai podendo receber alguns hóspedes mais.😉
Sendo assim, em relação a novas aquisições, 2017 não poderia ter arrancado melhor, já que (e como é tão saboroso partilhá-lo!) na prateleira das novidades habitam nada mais nada menos do que nove obras novinhas e que nos avidamente nos convidam para que as saboreemos.
No dia em que fiquei um ano mais velhota presentearam-me com quatro obras que figuravam na minha wishlist há bastante tempo:
O último adeus, de Kate Morton, vem juntar-se às três obras da autora que já moram lá em casa e não duvido nem um bocadinho que vai encher-me as medidas de forma tão absorvente como o fizeram as suas antecessoras.
O rouxinol, de Kristin Hannah, conquistou-me pela sua sinopse, pelo facto de abordar uma das minhas obsessões – a Segunda Grande Guerra – e mal posso esperar por senti-la nas minhas mãos, ânsia essa que aumenta ainda mais sempre que leio opiniões francamente positivas acerca da sua história e das suas personagens.
 Joanne Harris é uma das minhas autoras de eleição. Apesar de já me ter defraudado com algumas obras, não resisto a querer conhecer o que de novo nos traz e, como tal, tinha que ter a sua mais recente obra, Uma questão de classe, que mistura obsessão, vingança, devoção e amor. Irresistível, não?
Desde que li, no blogue Planeta Márcia, uma suculenta opinião sobre Impunidade, de H. G. Cancela, soube que teria que ler esta obra. Era, de todas as que recebi, a que figurava há mais tempo na minha wishlist e finalmente posso afirmar com orgulho que é minha! Para aguçar-vos ainda mais o apetite, não resisto a deixar aqui a opinião do colaborador da livraria onde o maridinho a comprou – segundo esse colaborador, H. G. Cancela é um dos melhores autores que nós temos.
Ao maridinho, presentearam-no com três livrinhos que muito vão ao encontro dos seus gostos e que euzinha também quero saborear:
Desnorte, de Inês Pedrosa, era um título que frequentemente ele mencionava quando falávamos de livros que nos apetecia, sobretudo porque gosta muito do estilo da autora. Ficou tão satisfeito com a prendinha que já a “papou” (para ele é inconcebível essa treta de leituras por ordem de entrada em casa).
Como sabemos que o romance histórico é o seu predileto, oferecemos-lhe Nove mil dias e uma só noite, um romance que, como indica sua sinopse, faz a ponte entre duas gerações - os seus sonhos, as suas paixões e esperanças e as duas Guerras Mundiais. Premissa entusiasmante!
A terceira obra que o maridinho recebeu vem encerrar uma saga indiscutivelmente fabulosa e viciante. O labirinto dos espíritos rivaliza com qualquer calhamaço que habita nas nossas estantes e será o ponto de partida para fazermos algo que sentimos que é necessário – reler em primeiro lugar as obras que o antecedem – A sombra do vento, O jogo do anjo e O prisioneiro do céu – para que quase dez anos depois possamos fechar em beleza esta saga de que tanto gostamos.
Nos últimos dias do mês, numa visita a uma livraria para comprarmos livros para oferecer a amigos e afilhados, voltei a cair em tentação e fiz aquilo que havia prometido não fazer… gastar dinheiro em livros para mim… Mas quem manda ao pessoal das livrarias fazer promoções às quais não se consegue resistir?... Perante os cinquenta por cento de desconto e com a permissão dos homens cá de casa, saí da Bertrand com Os Malaquias, de Andréa del Fuego, uma obra que resgata o realismo mágico que tanto me apaixonou em García Márquez e Isabel Allende.
No que diz respeito às leituras deste mês, tenho que admitir que 2017 arrancou em grande velocidade, já que consegui ler seis obras e ainda começar outra. Li duas obras em espanhol, uma de literatura juvenil (partilhada com o filhote) e três em língua lusa. Foram todas, sem exceção, muito interessantes, recheadas de bons motivos para que as leiam, sejam porque nos tocam enquanto mães, como Lo que no tiene nombre e O quarto de Jack, sejam porque me trouxeram mais motivos para que o fascínio e a obsessão pela Segunda Guerra Mundial continuem bem nutridos, sejam porque me fazem abrir um sorriso de orgulho por poder partilhar leituras com o meu pequenote ou sejam porque adoro estrear-me no mundo literário de autores portugueses que até agora desconhecia.
Por tudo isto, não restam dúvidas de que janeiro é realmente um mês especial por estas bandas e que o deste ano comprova-o, e de que maneira!
Espero que o vosso mês também tenha sido suculento e que as leituras continuem a aquecer-vos os dias, tal como o fazem a mim, sempre!
Deixo-vos, por fim, os links para acederem à opinião completa das obras lidas este mês:
§  Lo que no tiene nombre, de Piedad Bonnett
§  O mar por cima, de Possidónio Cachapa
§  Volver a Canfranc, de Rosario Raro
§  O jogo perigoso, de Gerard van Gemert
§  O quarto de Jack, de Emma Donoghue
§  A gorda, de Isabela Figueiredo

4 comentários:

  1. Então, o mês passado foi quase novamente Natal aí em casa, não? Capricórnio?
    "Impunidade" também anda debaixo do meu radar desde essa leitura da Márcia, mas não há meio de o encontrar em promoção...
    Gosto muito das personagens das mães no livros da Kate Morton, mas a do Último Adeus, para mim, é muito especial. Espero que gostes.
    Paula

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    1. Sim, Paula, janeiro é um segundo Natal cá em casa, às vezes até melhor, se pensarmos na quantidade de livros que cá chegam ;)
      Sim, capricórnio, embora não saiba se sou o que é um verdadeiro capricórnio...
      Mal posso esperar por ler esses dois livros que referes e concordo contigo - as mães de Kate Morton são especiais!
      Depois conto-te tudo!
      Beijinhos e leituras muito saborosas!

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  2. E eu não sendo capricórnio, sou especialista neles, daí ter perguntado. Ascendentes, descendentes, cara metade, colegas, amigos...
    Entretanto, terminei o livro da Marlene Ferraz e é tudo o que a Márcia dizia. A escrita é requintada, os diálogos são sagazes, a história é comovente sem ser piegas. Por isso, pacotinho de lenços ao lado, ok?
    Paula

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    1. Bom... quando quiser saber se realmente sou o espelho de uma verdadeira capricorniana, pergunto-te!
      Fizeste-me ainda querer mais ler o livro de Marlene Ferraz. Não me resta outra alternativa senão comprá-lo, porque a biblioteca da terrinha não o tem. Pode ser que apareça nas compras dos próximos meses!
      Beijinhos

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