Julho
dita um abrandamento no ritmo de trabalho. Dita mais tempo ao ar livre ou no
sofá. Dita mais convívio com amigos e família. Dita igualmente que se cumpram
as malfadadas mudanças e limpezas no lar, doce lar. E este ano ditou ainda
temperaturas escaldantes e que me fizeram bufar, rabujar e procurar não mexer
um milímetro para não destilar…
Com
todos estes “contratempos”, apenas consegui ler quatro obras e terminar a
maratona histórica que havia iniciado com o filhote em abril. Contudo, segundo
o Goodreads ainda estou dentro do
ritmo necessário para atingir o objetivo de ler 60 livros em 2016 e isso é o que
interessa…
Números
aparte, iniciei julho lendo a última obra que a Editorial Presença publicou de
Ken Follett. Uma terra chamada
liberdade é um romance histórico bem ao jeito do seu autor, com um
ritmo vivo, personagens cativantes, uma boa mão cheia de cenas escaldantes, mas
que, mesmo assim, fica algo aquém da qualidade a que Ken Follett já nos
habituou.
Em
Obrigada pelo lume, viajamos
até terras uruguaias e compadecemo-nos do protagonista, ofuscado durante quase
toda uma vida pela opulência, arrogância, superioridade e autoridade do seu
progenitor, a quem lança todas as culpas de um vida infeliz e incompleta. Mario
Benedetti volta a encantar-nos com o poder e a sensibilidade da sua escrita e,
apesar de não ser a obra de que mais gostei deste autor maravilhoso, é uma
excelente porta para se apaixonarem pela sua prosa.
Voltei
à literatura espanhola e escrita na sua língua original com o excelente romance
Si a los tres años no he vuelto.
A ação desenrola-se durante o final da Guerra Civil de 1936-39 e nos anos
seguintes, já em plena ditadura franquista. É uma obra que dá destaque sobretudo
às mulheres e, numa narrativa que mistura factos e personagens verídicos e ficcionados,
vi-me rapidamente enredada num ambiente duro, cruel, desapiedado e torturante
que tanto me nauseia como me fascina. Resultado – uma leitura desenfreante,
envolvente, que nos cativa pela força e carisma das suas personagens e pelo
contexto apaixonante em que as mesmas se movimentam. Já aqui referi o quanto
sou obcecada pela Guerra Civil espanhola, não referi? Bom, volto a dizê-lo,
porque pode haver alguém que ainda não o saiba J
Terminei
julho como comecei – com um romance histórico. Com O cavalheiro inglês, fiz a minha estreia no mundo de
romances da autora Carla M. Soares e digo que foi uma estreia auspiciosa porque
me agradou o ritmo da obra, agradou-me bastante o leque de personagens e fiquei
rendida ao par protagonista e ao cuidado que a autora revelou na sua construção
e amadurecimento no desenrolar da história.
Julho
também determinou que finalmente o D. e eu terminássemos a leitura/maratona
partilhada desde o início de abril. Depois de mais de três meses, encerrámos a
atribulada leitura de A minha História
de Portugal, mas temos consciência de que valeu a pena a demorada
travessia pelos acontecimentos mais marcantes da existência do nosso país.
Por
fim, julho foi ainda sinónimo de aquisições novas. Na estante moram quatro
novos livrinhos, todos eles provenientes de Feiras pelas quais fui tropeçando. Se o passado não tivesse asas, de
Pepetela foi comprado em Braga, na Feira do Livro da cidade e foi uma
verdadeira pechincha! Da Feira que está a decorrer nos hipermercados Continente
viajaram cá para casa mais três aquisições a preços reduzidos – O outro pé da sereia, de Mia
Couto, História de um cão chamado Leal,
de Luís Sepúlveda e Um gato, um chapéu
e um pedaço de cordel, de Joanne Harris. Quatro autores que me agradam
muito e que seguramente não me defraudarão. Quatro obras baratuchinhas e que
trazem um novo fôlego e cores deliciosas à minha estante! Não poderia estar
mais feliz! Bom, até poderia se em vez de quatro fosse o dobro ou o triplo ou…
Enfim, em agosto logo se vê J
Deixo-vos
os links que permitem aceder
às opiniões completas das leituras de julho:
Ontem desviei-me habilmente da zona dos descontos de livros no Continente, mas confesso que os livros do Mia Couto me custaram a ignorar.
ResponderEliminarE tu ainda te conseguiste desviar ;) Já eu... fui lá direitinha ;)
EliminarÀs vezes (poucas) sou forte. Mas fiquei a pensar nisso...
ResponderEliminarEu cada vez sou menos ;)
EliminarOlá Ana,
ResponderEliminarA mim também me acontece isso nas férias. Muito convivio, muitas tarefas, muito calor, enfim...nessa altura do ano o ritmo de leitura diminui sempre :)
Mas foi um bom mês. Com mais livrinhos para a estante...e bons livrinhos ;)
Beijinhos e boas leituras
Olá, Isa! Sim, férias não são realmente sinónimo de muitas leituras - há muitas distrações :)
EliminarEntretanto, a estante vai engordando :)
Beijinhos e boas leituras.
Olá Ana
ResponderEliminarFoi um bom mês :) Ainda só li O Cavalheiro Inglês e adorei.
E também foram boas aquisições :)
Beijinhos e boas leituras
Olá, Sara!
EliminarSim, foi um bom mês, tanto em leituras como em aquisições :)
O cavalheiro inglês abriu-me as portas à escrita de Carla Soares e gostei muito da viagem que me proporcionou!
Beijinhos e boas leituras!
Eu também não consegui resistir à feira do Continente, porque só compro livros em "nice price", mas ainda tive de pousar alguns, pois estava a esticar-me.
ResponderEliminarBenditas promoções por todo o lado que também me permitiram comprar "Não Te Mexas", mas prometi a mim mesma não o ler até ter outro M.M. em português ou inglês, para não ficar sem nada dela para ler.
Paula
Ai, Paula, como te compreendo... Que força tenho que fazer para não me esticar...
EliminarQuanto à "nossa" Mazzantini quero ver se compro a sua última obra (infelizmente não traduzida para a nossa língua) - "Splendore" em italiano - sei que já foi publicada em espanhol e não vou descansar enquanto não a ler :)
Beijinhos e boas leituras!