Dezembro é sinónimo de balanços
finais, de rescaldos e daquele gostinho de saber que garantidamente haverá
debaixo do pinheirinho mais umas leituras que vão aconchegar a estante e no
futuro a mesinha de cabeceira, a mochila escolar, o carro, as minhas mãos, o
meu intelecto e as minhas emoções.
O dezembro de 2016 não foi diferente
dos seus antecessores. Houve ajuntamento familiar nos dias festivos, pouco ou
nenhum tempo de descanso e consequentemente pouco ou tempo nenhum para cuidar e
apaparicar este menino, este cantinho. Resultado – tenho vários textos
pendentes e prometo tentar pô-los em dia nestes primeiros dias de 2017.
Houve, contudo, tempo para ler. Li
cinco obras adultas e duas infanto-juvenis. Um número mais gordo do que os dos
últimos meses.
Arranquei o mês com uma leitura que
me esmagou. Os dez livros de Santiago
Boccanegra desafiou-me, desassossegou-me como muito poucas já o fizeram
e volto a recomendá-la sobretudo a quem busca narrativas sofridas, prenhes de
dor, amargura, e outros sentimentos similares.
Seguiu-se História de um cão chamado Leal e o regresso às encantadoras
fábulas de Luis Sepúlveda. A sua curtinha história levou-me às lágrimas como qualquer
uma que dedique o protagonismo a animais e fez com que, mais uma vez, sentisse
o coração apertado de revolta e vergonha perante as ações humanas.
A terceira obra que li ditou outro
regresso – ao mundo de Mia Couto. Todavia, não foi tão gostoso como foi o que
levou aos livros de Luis Sepúlveda. O
outro pé da sereia não penetrou, não despertou laços e não me deu
aquilo de que estava à espera, não aquilo que havia encontrado em Jerusalém, o ano passado.
Acasos
felizes veio
comigo na última visita do ano à biblioteca municipal. Veio por impulso e
bendigo a impulsividade que me fez agarrá-lo e trazê-lo para casa porque, não
sendo uma obra escrita de forma brilhante e que se aproxime dessas de escritores
reputados, é dona de uma narrativa envolvente, que fez com que olhasse de forma
distinta para um simples par de sapatos e que juntasse, como se fosse uma
delas, às três protagonistas e as seguisse para todo o lado.
Ao mesmo tempo que desfrutava da
companhia de Dalya, de Pinny e de Ray (protagonistas de Acasos Felizes) ia lendo com o filhote A fada Oriana, cuja leitura fazia parte dos trabalhos
escolares para férias. Cada um de nós lia em voz alta um parágrafo e assim
íamos os dois (já que eu nunca havia lido esta obra de Sophia) conhecendo o
mundo de Oriana e eu ia esclarecendo o significado de palavras difíceis. Foram
uns dias de tempinho extra entre mãe e filho e valeram por isso, sobretudo para
mim, que não aprecio muito este género de narrativas.
Entre leituras adultas e para que
pudesse saber do que estava a falar enquanto escrevia a correspondente opinião,
fui lendo o primeiro volume da coleção – Os
heróis do futebol – que conquistou em absoluto o meu filho – Luta pela taça. Como os títulos
da coleção e volume inicial indicam, estamos perante uma narrativa focada no
desporto-rei, protagonizada por adolescentes, cujo mundo roda à volta dos
mesmos eixos do do meu D. – loucura pelo futebol, uma pandilha de amigos muito
unida, aventuras corriqueiras e outras menos e indícios de uma insípida atração
pelo sexo feminino que não se confessa a ninguém.
A poucas horas de encerrar o ano,
acabei de ler a coletânea de contos de Joanne Harris – Um gato, um chapéu e um pedaço de cordel. Foi uma estreia,
já que nunca havia lido nenhum conto escrito por esta autora que tanto admiro.
Não foi uma estreia com muito sabor, mas tão-pouco foi uma desilusão.
Como referi no início deste balanço, dezembro é sinónimo de leituras debaixo do pinheirinho e este não foi exceção. Entre os livros que me foram oferecidos, os oferecidos ao maridinho e ao filhote resultaram nove leituras novas – seis adultas e três mais juvenis. Muito provavelmente lê-los-ei todos, exceto o do José Rodrigues dos Santos, que é de exclusivo agrado do maridinho. As adultas são todas de autores portugueses e prometem momentos muito agradáveis e instrutivos. Tenho especial curiosidade nos dedicados à minha “Inbicta”, pois são de não-ficção, género que não leio amiúde, e seguramente desvendarão pormenores desconhecidos de uma cidade que me diz muito.
Como referi no início deste balanço, dezembro é sinónimo de leituras debaixo do pinheirinho e este não foi exceção. Entre os livros que me foram oferecidos, os oferecidos ao maridinho e ao filhote resultaram nove leituras novas – seis adultas e três mais juvenis. Muito provavelmente lê-los-ei todos, exceto o do José Rodrigues dos Santos, que é de exclusivo agrado do maridinho. As adultas são todas de autores portugueses e prometem momentos muito agradáveis e instrutivos. Tenho especial curiosidade nos dedicados à minha “Inbicta”, pois são de não-ficção, género que não leio amiúde, e seguramente desvendarão pormenores desconhecidos de uma cidade que me diz muito.
Antes de terminar, informo que
pretendo, ainda em relação a 2016, escrever a opinião completa de A fada Oriana e revelar quais
foram as melhores leituras do ano para todos lá de casa e fazer um pequeno
rescaldo das visualizações e opiniões mais lidas do ano que terminou há pouquinho
tempo e revolucionou a vida deste cantinho!
Aproveito para desejar que o vosso 2017
se preencha de deliciosos momentos, de muita saúde e mais tempinho extra para submergirem-se
em leituras que vos roubem o fôlego.
Por fim, deixo-vos, como é habitual, o link que vos permite aceder à opinião
completa das obras lidas este mês:
Olá Ana,
ResponderEliminarQue balanço mais positivo. É tão bom ter livros novos na estante. Mesmo que não consigamos ler tão rapidamente quanto os compramos ;)
Beijinhos e boas leituras
Olá, Isa!
EliminarSim, terminei 2016 com leituras muito agradáveis e recebi outras que prometem! A estante quase rebenta com o peso ;), mas eu mal posso esperar por ler um a um, seja agora ou daqui a vários meses! A ver vamos!
Beijinhos e leituras muito saborosas!