A paixão de Jane Eyre, de Charlotte Brontë

Terça-feira, 25 de dezembro de 2012




Sinopse
A Paixão de Jane Eyre, publicada pela primeira vez em 1847, atraiu de imediato a atenção do público da época e dividiu a crítica. Habituada às heroínas de Jane Austen, que pareciam conhecer exatamente o seu lugar na sociedade, a sociedade britânica sentiu-se desconfortável com o personagem feminino criado por Charlotte Brontë: embora as ações de Jane observem o código convencional de comportamento feminino, deixam transparecer também uma poderosa declaração de independência das mulheres.

A Paixão de Jane Eyre é a história de uma órfã que vive com a sua desagradável tia e os seus nada atrativos primos. Mais tarde, colocada num asilo, Jane começa a desenvolver um espírito independente para a época e aprende que a melhor maneira de manter o respeito próprio na adversidade é manter o autocontrole. Esta aprendizagem servir-lhe-á para toda a vida e permite-lhe repudiar noivos, ser autossuficiente, mudar de identidade e encontrar um seu igual ao nível intelectual e da paixão sexual.


Opinião
De volta aos livros de infância e juventude que trouxe de casa da minha mamã para reler. A Paixão de Jane Eyre é o primeiro volume de uma coleção da Verbo Juvenil e é uma obra levezinha, romântica e de fácil leitura.
Fazendo a inevitável comparação entre Charlotte Brontë e Jane Austen, considero que os livros desta última são mais apelativos para o meu gosto pessoal, mas isso não quer dizer que a figura de Jane Eyre não me tenha atraído. Muito pelo contrário.
A narrativa centra a sua atenção na vida de Jane Eyre desde a infância até à sua fase adulta. E não foi uma vida nada fácil, a desta protagonista. Fica órfã ainda muito novinha, vive uns tempos com uma tia e primos nada agradáveis e posteriormente viverá numa instituição que acolhe jovens sem família. Será aí que receberá a formação necessária para sua futura profissão (precetora) e construirá os alicerces para a personalidade que a caracterizará - uma mulher observadora, sensata, crítica, apaixonada e, sobretudo, independente.

Jane Eyre é assim o ponto forte deste romance, pois mostra-nos que, apesar de viver num século dominado pelo homem e pelas suas ideias de que as mulheres eram seres relegados para os deveres de casa e para escutar e obedecer, esta protagonista dá-nos um exemplo que nos orgulha enquanto mulheres - é lutadora, enfrenta a vida, segue as suas ideias e, no final, ainda consegue a felicidade que tanto merecia.

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