Segunda, 01 de julho de 2013
Sinopse
Oskar Schell tem nove anos e é inventor, francófilo,
tocador de tamborim, ator shakesperiano, joalheiro, pacifista. Além disso, está
a empreender uma busca urgente e secreta através das cinco zonas de Nova Iorque
a fim de encontrar a fechadura onde entra uma chave misteriosa que pertencera
ao pai, morto no atentado contra o World Trade Center. Oskar, uma inspirada
criação do autor, é encantador, exasperante e inesquecível.
Opinião
Estaria
a mentir se afirmasse que comprei este livro baseando-me apenas na sua sinopse.
O que realmente determinou a sua compra foi a capa que faz alusão ao filme
protagonizado por bons atores, o trailer
desse mesmo filme e sobretudo o momento em que desfolhei o livro pela primeira
vez e constatei que, para além de estar “povoado” de fotos, apresenta uma
mancha gráfica muito diferente do que é habitual – páginas repletas de texto,
outras quase em branco, palavras ou parte delas rodeadas a vermelho, caixas de
texto que se assemelham a cartões que vendedores, empresários, etc. trazem
sempre consigo com os seus dados pessoais… e no final um grupo de fotografias
quase iguais que retrata a queda de uma pessoa que se atirou de uma das torres
do World Trade Center no fatídico dia
do ataque. Esse grupo de fotos tem a particularidade de, se passarmos as fotos
rapidamente (como em banda desenhada, para vermos a personagem a mexer-se),
vermos a queda ao contrário, ou seja, na última foto a pessoa deixa de cair,
parece que não se atirou, que tudo não passou de uma ilusão, de um pesadelo,
enfim…
Considerando
agora a história de Extremamente alto,
incrivelmente perto, esta narra as comoventes peripécias de Oskar
Schell, que está a passar por um período de grande dor e sofrimento, pois
perdeu o pai no atentado às torres gémeas. Tenta preencher esse vazio e uma
óbvia confusão de sentimentos com invenções estrambólicas, cartas para
cientistas e estudiosos e outros passatempos pouco típicos de um miúdo de nove
anos. A sua vida sofre, contudo, uma mudança quando descobre num vaso um misterioso
envelope com uma chave e um nome – Black. A partir daí, inicia uma cruzada para
encontrar o tal Black e a fechadura para a chave, já que pensa que, se os
encontrar, irá descobrir algo que o pai lhe queria dizer antes de morrer.
Para
além de Oskar, o livro possui outros dois narradores – os seus avós paternos –
que contam a sua história, marcada por muita tristeza.
Esta
obra é assim muito complexa e ao mesmo tempo mexe com as nossas emoções – sofri
bastante com a dor de Oskar e com tudo o que ele faz para saber mais sobre o
pai, para conseguir conviver com uma perda insuperável.
É
uma leitura que recomendo!
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