Sábado, 13 de setembro de 2014
Sinopse
«También yo
quería entrar en el mundo real, y por un momento lo logré. Los dos caballos
salvajes que estaban frente al Chevrolet Avalanche se pusieron a girar como en
un carrusel, y con ellos el de Cornélie, el caballo negro de Franquito y otros
caballos que formaban parte de mi pasado. Pensé —solo por un momento, ya lo he
dicho— que aquella era la imagen de mi vida, y que me sería fácil poner junto a
los caballos, o en su lugar, criaturas humanas: la mujer que leía el Reader’s
Digest, el hombre que en el hospital se sentía enjaulado como un mono, José
Francisco, Didi, Adrián, L., yo mismo, Ángela, Izaskun, Sara... Una vuelta, dos
vueltas, tres, cuatro, y así hasta que el carrusel se parase. Pero ¿dónde
estaba el centro? ¿Dónde el eje en torno al cual giraba todo?»
Esta es la
historia de un escritor que viaja a Nevada, Estados Unidos, entre agosto de
2007 y junio de 2008, pero es también mucho más. Es un relato en el que lo
vivido, el instante real, se mezcla con recuerdos, imágenes, sueños y
evocaciones. En el que el paisaje árido y hostil del desierto y el horizonte
verde, rojo y fucsia de los casinos de la ciudad de Reno, con su trama de luces
brillantes y acristaladas, conducen una y otra vez al narrador —y al lector— a
ese otro paisaje más íntimo, más personal del País Vasco.
Días de Nevada es una
historia hecha de historias, a modo de caja china, que nos muestra cómo cada
experiencia que vivimos, cada vínculo creado entre las personas más allá de las
distancias temporales y espaciales, cada emoción que nos impacta, cada amenaza
que combatimos permanece indeleble. Y nos convierte en lo que somos.
Opinião
Tenho seguido assiduamente a página online
da editora Alfaguara espanhola e foi através dessas visitas assíduas que
descobri o autor Bernard Atxaga e apontei no meu caderninho um livro seu cuja
sinopse me despertou o interesse - El
hijo del acordeonista.
Ora, na última vez que fui a Espanha (já
lá vão uns meses... demasiados...), mais propriamente a Ávila, não resisti
(como sempre) a entrar numa livraria e a gastar uns euritos naquilo que me faz
uma mulher mais feliz - me regalé dos libros J! E
um deles não foi El Hijo del
acordeonista, mas Días de
Nevada, também do autor basco. Comprei-o num impulso, não só porque
estava na hora de conhecer este prometedor autor mas também porque a sinopse me
agarrou.
Tal como a referida sinopse nos conta, o
livro relata uma temporada que o autor passou em Nevada e está escrito como se
fosse um diário ou então um registo de apontamentos de um viajante. Nesses
apontamentos, o autor vai partilhando connosco o seu dia a dia como professor
convidado da universidade de Reno, a rotina da sua família e os passeios e
viagens que faz pelo estado de Nevada. E serão sobretudo esses passeios e essas
viagens que o farão regressar ao passado e recordar fases da sua vida, pessoas
e histórias que ficaram "enterradas" na sua infância e adolescência.
Confesso que gostei de ler este livro, mas
não foi uma leitura que me arrebatou. Gostei particularmente de alguns factos
que o autor nos dá a conhecer, como o facto de muitos pastores vascos terem
emigrado para os Estados Unidos, sobretudo para a zona de Nevada, de algumas
descrições de locais, factos históricos e costumes tipicamente norte-americanos
e de como a realidade e acontecimentos pontuais do presente são um ponte de
ligação com o passado, mesmo com um passado que se encontra do outro lado do
Atlântico, na zona rural de um País Basco dos meados do século XX.
E como o autor passou quase um ano no país
onde tudo acontece (this is America...), na sua estada não poderia faltar um
violador em série, que ataca e assassina uma jovem estudante da universidade de
Reno e que leva a que a polícia e população em geral se mantenham em alerta
máxima! No final do livro, já num post-scriptum, o autor informa-nos quem era
esse violador e que fora condenado à morte (again, we are in America!)
Não posso concluir sem referir algo que me
foi arrepiando e fazendo gritar em silêncio - nos passeios que o autor faz pelo
deserto e outros locais inóspitos, estão quase sempre presentes aqueles seres
rastejantes que são a causa da minha maior fobia... Nem vou nomeá-los... que
fiquem presos dentro das páginas do livro! E que não me atormentem nos
sonhos!!!
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