Quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Sinopse
Num
momento em que tem que tomar uma decisão que pode mudar a sua vida, Alexis
Fieldings está determinada a descobrir o passado da sua mãe. Mas Sofia nunca
falou sobre ele, apenas contou que cresceu numa pequena aldeia em Creta antes
de se mudar para Londres. Quando Alexis decide visitar Creta, a sua mãe dá-lhe
uma carta para entregar a uma velha amiga e promete que através dela, Alexis
vai ficar a saber mais. Quando chega a Spinalonga, Alexis fica surpreendida ao
descobrir que aquela ilha foi uma antiga colónia de leprosos. E então encontra
Fotini e finalmente ouve a história que Sofia escondeu toda a vida: a história
da sua bisavó Eleni, das suas filhas e de uma família assolada pela tragédia,
pela guerra e pela paixão. Alexis descobre o quão intimamente ligada está
àquela ilha e como o segredo os une com tanta firmeza.
Opinião
Este foi o segundo romance de Victoria
Hislop que li, depois de me ter deliciado com a leitura de O regresso. Comprei-o na Feira do Livro do ano passado e
bendigo a hora em que o fiz!
Neste romance a autora não desilude os
seus leitores de obras anteriores, pois voltamos a cruzar-nos com personagens
muito bem construídas, com um enredo e correspondente ritmo que nos envolvem do
princípio ao fim.
Tal como acontece em O Regresso, A Ilha
apresenta-nos a história de uma família, de quatro gerações suas, com as quais
vamos travando conhecimento principalmente através dos seus elementos femininos
- Eleni, Anna e Maria, Sofia e Alexis. É a viagem desta última às ilhas gregas
que desencadeia todo um desenrolar de recordações da família de sua mãe, Sofia,
das quais nunca havia tido conhecimento. E é sobretudo a partir deste momento
da narrativa, do momento em que Fontini inicia o relato da história da família
a Alexis que não conseguimos largar o livro, tal é a vontade que sentimos em
ler e ler até nos tornarmos conhecedores de todos os segredos, aventuras e
desventuras desta família grega.
Não posso deixar de referir uma
problemática que está omnipresente na narrativa e que teve um papel
preponderante na história da família de Alexis - a doença da lepra que afetou
diretamente dois dos seus membros. Graças à excelente pesquisa da autora, tomamos
conhecimento de que essa enfermidade dilacerou muitas famílias gregas e que as
medidas adotadas pelas autoridades (até à descoberta da sua cura) passavam por
isolar e ostracizar os enfermos na ilha de Spinálonga.
Por tudo isto que foi mencionado, pela
força e envolvência da narrativa, pelas personagens repletas de personalidade e
pelos factos históricos que unem todos estes fatores, recomendo vivamente a
leitura de A Ilha!
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