MELHORES LEITURAS DE 2013







Chegamos ao final do ano, a época tradicionalmente reservada a balanços e a reflexões – por isso, toca a eleger as melhores leituras deste ano que finda J! É óbvio que a eleição destas melhores leituras parte do quanto gostei das correspondentes obras, do quanto me identifiquei com a narrativa, do quanto a mesma me entusiasmou, me arrebatou, me fez sorrir de felicidade e de contentamento quando li as suas últimas palavras e do quanto ainda me ilumina o rosto a recordação de passagens, personagens, relações, frases…
Este ano escolhi as seguintes obras que recomendo (mais uma vez) sem reservas J

(Clicando no nome da obra, poderás aceder à opinião/crítica completa)

O terceiro volume da trilogia iniciada por Chocolate leva-nos de novo a Lansquenet-sur-Tannes, para acompanhar Vianne, que regressa à aldeia onde conheceu pessoas determinantes na sua vida para cumprir a última vontade de Armande, uma grande amiga.
Neste volume, Joanne Harris voltou a fascinar-me, a conquistar-me com o poder dos sentidos, os aromas, os ventos e, ao mesmo tempo, abriu-me as portas de uma dura e atual realidade. Valeu a pena abandonar as reservas que sentia desde a leitura de Sapatos de Rebuçado e deleitar-me com o volume que encerra(?) a série Chocolate!
NOTA – 09/10

Devorei este livro em cinco dias, não só porque sou fã de Carlos Ruiz Zafón como adorei voltar ao mundo de o Cemitério dos Livros Esquecidos, da livraria Sempere, da cidade mágica de Barcelona e das personagens que me arrebataram aquando da leitura de A Sombra do Vento!
NOTA – 10/10

Bendigo a hora em que casualmente encontrei um texto de Mario Benedetti e me apaixonei pela maneira doce e intimista como nos conta uma história. A Trégua é o perfeito exemplo disso mesmo. Narra os amores que aparecem numa fase tardia da vida de Martín Santomé e que o voltarão a fazer viver em pleno, numa luminosa trégua a uma vida até então triste e opaca.
NOTA – 10/10

Como fã incondicional desta fantástica autora espanhola, não seria possível não escolher para melhores leituras de 2013, as duas obras que tive o prazer inimaginável de saborear este ano. Contudo, esta minha devoção “parcial” não põe nada em causa a qualidade desta obra que dá início ao grandioso projeto da autora – narrar “episodios de una guerra interminable” – e que nos apresenta uma mulher determinada, forte, que luta ao lado dos seus camaradas, nem que seja com a sua deliciosa comida que os conforta e os faz recordar o seu país e por que motivo continuam a lutar por uma causa que parece já derrotada!
E como não nos podemos apaixonar por uma história que vive deste mote - "La Historia inmortal hace cosas raras cuando se cruza con el amor de los cuerpos mortales"?...
NOTA – 10/10


O segundo volume do projeto iniciado por Inés y la Alegría faz-nos viajar para uma pequena povoação andaluza e conhecer Nino, filho de um guarda civil e que verá a sua vida mudar drasticamente com a chegada de dois adultos à aldeia – Pepe, el Portugués e Elena. Com os dois, Nino crescerá e conhecerá a literatura, as mulheres e perceberá o quanto a guerra ainda não havia terminado numa Espanha dominada pela mão férrea da ditadura.
NOTA – 10/10

Nesta obra, Patrícia Reis faz-nos entrar na vida de uma mãe viúva que sente que a relação com o filho mais velho está por um fio, que está baseada em silêncios acusadores, em diálogos monossilábicos e em dores não partilhadas. Perante isto, Maria toma uma decisão drástica – fazer uma viagem, aparentemente sem destino concreto ou regresso planeado, tendo apenas como companhia Pedro, o filho mais velho. Somos então convidados a entrar no carro com eles e a assistir a uma mudança subtil que culminará na recuperação do que deve ser uma relação entre mãe e filho.
NOTA – 09/10

O título e a capa deste magnífico livro podem ser enganadores, já que não são o reflexo do que a correspondente obra nos narra. Não se trata de uma história de amor, mas mostra-nos até que ponto alguém pode ir supostamente por amor, como este sentimento que governa as nossas vidas pode levar alguém a cometer um crime, um assassinato.

NOTA – 09/10

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