Confesso, de Colleen Hoover


Ficha técnica
Título – Confesso
Autora – Colleen Hoover
Editora – Topseller
Páginas – 255
Datas de leitura – de 03 a 05 de outubro de 2016

Opinião
A segunda leitura que trouxe da última visita à biblioteca municipal é daquelas que exigem muito pouco esforço, ou seja, que se engolem rapidinho e que perfumam com um travo docinho os dias em que nos fazem companhia. Não são leituras provenientes de grandes obras. São leituras que vão ao encontro sobretudo do público feminino que se derrete por uma ternurenta história de amor, repleta de obstáculos que vão sendo ultrapassados até às últimas páginas, até ao previsível mas saborosíssimo final feliz, no qual a jovem cai nos braços do jovem amado e o céu promete o tão desejado “viveram felizes para sempre”.
Auburn vive há poucos dias na cidade de Dallas e está determinada a que a sua vida não fuja de maneira nenhuma ao rumo que traçou. Contudo, todos os seus planos e determinação começam a escapar ao seu controlo quando acidentalmente (ou não) entra no estúdio e na vida de um jovem artista chamado Owen. Desde o primeiro olhar que trocam que compreendemos que os dois estão destinados a viver uma intensa história de amor e que, por muitos obstáculos que o dia-a-dia lhes ponha pela frente, nada nem ninguém impedirá que essa história comece, cresça e amadureça.
Não sou a maior admiradora de este género de romances, sobretudo porque são, na maioria das vezes, muito previsíveis, a linguagem é algo superficial e alguns autores abusam na lamechice. Contudo, confesso que, de vez em quando, após leituras complexas e duras, apetece-me “ligar o piloto automático” e deixar-me levar por histórias simples, açucaradas e que me abrem um sorriso no rosto perante cenas com trocas de olhares, roçar de mãos, abraços que nos fazem esquecer o mundo e juras de amor eterno. E se a tudo isto acrescentarmos um protagonista masculino atormentado, com pinta de “bad boy” e que protege a amada a todo o custo, muito melhor!
Confesso possui todos estes ingredientes e proporcionou-me uma leitura muito agradável que devorei em pouquinho tempo. Como tal, não desiludiu. Gostei muito dos protagonistas, da forma como a autora os colocou no caminho um do outro e é óbvio que não fiquei indiferente à magia, ternura e intensidade dos sentimentos que os atraem e os “obrigam” a estar permanentemente agarradinhos. Outra “mais-valia” da obra é a profissão de Owen, a originalidade daquilo que o motiva a pintar as suas telas e os exemplos das mesmas que surgem ao longo do livro. Por fim, considero que os diálogos estão bem elaborados (apesar de algumas exceções, para mim algo forçadas), adequados à idade dos protagonistas e à do correspondente público-alvo da obra.
Por tudo o referido, não posso atribuir uma nota baixa a esta leitura. Correspondeu ao exigido – tudo bem mastigadinho, pouco esforço e uma história de amor que nos agasalha, nos contagia e nos pede que partilhemos ternura com quem nos rodeia!
Termino deixando um vídeo de uma canção que traz cumplicidade a uma das primeiras cenas partilhada pelos dois protagonistas - Hold on, de Alabama Shakes:


NOTA – 08/10

Sinopse
Auburn Reed tem toda a sua vida planeada. Não há espaço para erros ou imprevistos. Até que, um dia, entra num estúdio de arte e conhece Owen Gentry, o enigmático artista dono do estúdio.
 Auburn sente, de súbito, que algo muda dentro dela e decide deixar-se levar pelo coração.
 Owen, contudo, guarda segredos que não quer ver revelados. As escolhas do seu passado não parecem permitir-lhe um futuro livre, e Auburn tem demasiado a perder se decidir lutar por ele. A única forma de não pôr em risco tudo o que é importante para si é deixar Owen. Confessar é tudo o que ele tem de fazer para salvar a relação de ambos. Mas, neste caso, a confissão pode ser muito mais destrutiva do que o próprio pecado.
 Será o amor capaz de sobreviver à verdade?
 Confesso é uma história de imenso amor e coragem, que nos faz acreditar em segundas oportunidades.
 Inclui 8 páginas a cores com as ilustrações dos quadros de Owen.

6 comentários:

  1. Olá Ana,
    Nunca me apeteceu ler esta autor, pois não é o meu tipo de leitura. Mas já ouvi falar bem desta autora. Quem sabe um dia...
    Beijinhos e boas leituras

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    1. Isa, também não é de facto o tipo de leitura que me atrai, mas preciso de vez em quando de algo como isto, de leiturazinhas adoçadas e muito previsíveis, para que a minha cabeça relaxe e faça muito pouco esforço ;)
      Beijinhos e leituras com muito sabor!

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  2. Olá Ana
    Já há algum tempo que quero experimentar ler algo desta autora, e este é o livro que me chama mais a atenção. E de vez em quando sabe mesmo bem uma leitura destas :)
    Beijinhos e boas leituras

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    1. Sabe, não sabe?
      Desligamos, carregamos no botão de piloto automático e deixámo-nos levar! Tão simples quanto isso!
      Beijinhos, Sara, e acho que não te arrependerás se um dia decidires dar uma oportunidade a esta obra!

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  3. Sabe bem um livro "para não pensar" de vez em quando!
    Boas leituras!

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    1. E de vez em quando preciso mesmo de desligar o complicómetro! Nem que seja por algumas horas!
      Beijinhos e leituras com muito sabor!

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