Ficha técnica
Título – As
Naus de verde pinho
Autor – Manuel Alegre
Editora – Publicações Dom Quixote
Páginas – 20
Datas de leitura – 20 de agosto de 2017
Opinião
O D.
trouxe trabalhinho para férias – terá que ler até ao início das aulas as quatro
obras de leitura obrigatória para a disciplina de Português. Após uns meses de
merecido descanso, começámos ontem a maratona literária e arrancámos com a obra
mais curtinha, feita de estrofes e ilustrações.
As naus de verde pinho, escritas por Manuel Alegre e
ilustradas pelo seu filho, trazem-nos um dos episódios mais marcantes dos
nossos Descobrimentos - a dobragem do Cabo das Tormentas.
Tal
como n' Os Lusíadas e na Mensagem, acompanhamos a viagem
de Bartolomeu Dias e o seu "embate" com um Cabo simbolicamente
representando por uma nuvem negra, monstro perneta e ameaçador. Voltamos a
encher o peito de orgulho luso ao ouvir o grande Capitão afirmar sem temor
algum que está ali em nome do povo português, que nada o fará demover da sua
missão e que continuará a avançar por mares nunca até aí navegados para poder
mostrar ao mundo a fibra da alma lusitana.
A obra,
como se depreende pelo título, evoca igualmente o papel fundamental de D.
Dinis, o rei das trovas e das cantigas de amigo, o rei que encheu a costa do
centro do país de verdes pinhos que possibilitaram a construção das caravelas,
das naus que levaram os bravos lusos "ao
outro lado/ ao ali ao longe ao lá/ ao cabo nunca dobrado".
Por
fim, esta pequenina narrativa poética relembra-nos que o sonho comandou a vida
destes descobridores e comanda a vida de todos nós:
"Sempre que em teu pensamento
"Sempre que em teu pensamento
o verde pino florir
abre os teus sonhos ao vento
porque é tempo de partir."
Recomendo-a
para miúdos, pois é de leitura fácil, as rimas ficam no ouvido, as ilustrações muito boas e recordam assim conhecimentos que vão adquirindo nas aulas de História ou de Estudo do Meio.
Recomendo-a também para graúdos porque as rimas de Manuel Alegre têm uma musicalidade
notável, abordam momentos da nossa História que nos deixam com o orgulho em
alta e porque não é possível ficarmos indiferente ao apelo final da obra,
presente na estrofe que transcrevi no parágrafo anterior.
NOTA –
08/10 (a nota reflete a minha opinião)
Sinopse
Plano
Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 6º ano de
escolaridade, destinado a leitura orientada.Um belo poema sobre os Descobrimentos, no primeiro livro para a infância de Manuel Alegre, que mereceu o Prémio António Botto 1998. Ilustração de Afonso Alegre Duarte.
Olá Ana,
ResponderEliminarNão conhecia este livro. Parece muito giro e ainda por cima é em rimas.
Gosto de título e a capa.
Beijinhos e boas leituras
Quando o teu filhote for maior e já andar a estudar as andanças da nossa História, pega neste livrinho, porque ensina de forma muito simples e muito bem ilustrada o quanto fomos grandes e o quanto custou dobrar aquele cabo! Vale a pena!
EliminarBeijinhos!!!