Julho recheou-se
com cinco leituras, uma das quais foi em conjunto com a Isaura do Jardim de Mil Histórias e a
Márcia do Planeta Márcia.
As duas
primeiras leituras do mês foram uma desilusão… Tanto O sentido do fim, de Julian Barnes, como Vitória – de amor e de guerra, de
Luísa Beltrão não me preencheram, o que me deixou bastante frustrada, porque a
qualidade da escrita, particularmente do autor inglês, pedia mais, mas, por
esta ou por outra razão, não fui capaz de me ligar a cem por cento com nenhumas
das duas narrativas.
Com A música da fome, regressei ao
mundo de um autor que me conquistou aquando da leitura de Estrela Errante e às leituras em conjunto com as minhas
queridas companheiras destas andanças blogueiras. A experiência voltou a ser
muito produtiva, com partilha de comentários e ideias, apesar da segunda obra
que li de Le Clézio não ser tão intensa e resultar numa experiência mais morna.
As duas
últimas leituras compensaram as desilusões que abriram o mês. Voltei a atenção
de novo para a prateleira dos livros que vou adquirindo e que esperam
pacientemente pela sua vez na minha maníaca ordem cronológica de leituras e
resgatei A mulher-casa, de
Tânia Ganho, comprada em princípios de dezembro do ano passado. Foi uma estreia
no mundo desta autora portuguesa e só posso afirmar que foi uma estreia
suculenta, porque aderi com entusiasmo ao estilo cuidado, sensorial e sereno de
Tânia e a história de uma menina-mulher que precisava de ser abanada pela vida
para compreender finalmente o seu lugar, o seu papel enquanto mulher, mãe e
esposa.
Terminei
julho lendo Ondjaki novamente. E novamente rendi-me a tudo que faz deste autor
angolano um autor a seguir com devoção. Os transparentes levaram-me mais
uma vez a Luanda, mas esta viagem foi mais crua, mais sarcástica, mais real,
mais transparente que aquela que me embalou na pequenina, porém magistral
narrativa de Uma escuridão bonita.
Julho
foi o primeiro mês em que estive à prova, ou seja, foi o mês que se seguiu às
compras na Feira do Livro de Lisboa e consequente promessa de refrear impulsos
e não ceder à tentação de comprar mais livros. Sendo assim, as obras que
durante estes dias caíram na estante foram oferecidas! Coincidência ou não, no
mês em que o blogue comemorou mais um aniversário, recebi duas prendas,
embrulhadas em e-mails, de uma autora e de uma editora que me enviaram três
obras para uma futura leitura e correspondente opinião. É óbvio que fiquei
extremamente feliz – tão feliz que quebrei a mania das leituras cronológicas e
já li entretanto a obra As
impertinências de Cupido, cedida pela sua autora, Ana Gil Campos, e
estou neste momento a ler Café Amargo,
de Simonetta Agnello Hornby. Esta última e A
ilha das quatro Estações, de Marta Coelho foram-me enviadas pela
representante da Editora Clube do Autor. A quarta obra que me ofereceram foi um
regalito delicioso. El invierno en tu
rostro, de Carla Montero, figurava há algum tempo na minha wishlist, é
uma obra com características obesas (tem mais de setecentas páginas – tão bom!),
possui uma encadernação e uma capa lindíssimas e a sua narrativa gira à volta
de dois cenários bélicos terríveis – a Guerra Civil espanhola e a Segunda
Grande Guerra. Traz-nos aventura, amor e guerra – que mais poderia querer?
Agradeço
à autora Ana Gil Campos, à editora Clube do Autor e à minha querida Nancy (e
restantes pitufinas) por terem engordado a minha estante num mês em que
supostamente não deveria ter engordado.
Termino
deixando-vos os links para acederem à
opinião completa das obras lidas este mês:
Boas
leituras e boas férias!
Olá Ana,
ResponderEliminarQue mês tão bom!! Venham mais assim 😊
Beijinhos eboas leituras
Sim, que venham muitos destes :) Sabe tãao bem!
EliminarPara já, Agosto vai no bom caminho ;)
Beijinhos e leituras muito saborosas!
Olá Ana
ResponderEliminarCinco livros é um ótimo número. Que Agosto também seja bom.
Beijinhos e boas leituras
Olá, Sara!
EliminarSim, não me posso queixar do número ;) e parece que Agosto lhe seguirá o rasto ;) A ver vamos.
Beijinhos e leituras muito saborosas!
Que surpresas fantásticas, sobretudo num mês de contenção. Não conheço estas autoras, por isso, fico desejosa de saber mais sobre elas com a tua opinião.
ResponderEliminarEste mês, li uma sugestão tua aqui da lista do lado, "O Violoncelo de Sarajevo" e, caramba, que tensão! Tive de ler um capítulo de cada vez, porque parecia que estava em cada rua, em cada cruzamento, em cada prédio destruído, a sentir o desalento e o medo.
Como ainda não estava suficientemente deprimida, a seguir li "Agora e na Hora da Nossa Morte", da jornalista Susana Moreira Marques, que seguiu uma equipa de cuidados paliativos em Trás-os-Montes. Tem uma parte escrita por ela que é muito bonita e triste e outra com depoimentos de partir o coração. Excelente!
Paula
As surpresas são sempre deliciosas, sobretudo quando vêm embrulhadas em forma de livrinhos!
EliminarQue bom que leste uma sugestão minha e que gostaste! "O violoncelo de Sarajevo" é um dos livros de que mais gostei nos últimos anos porque, como tu, persigo a dor e sentir-me deprimida! São as melhores leituras!
Vou já anotar a tua sugestão! Quero mesmo lê-la - como posso resistir a "Excelente"?
Beijinhos
E tem na biblioteca da minha terrinha!!!!
EliminarClaro que tem, sortuda, tem tudo! Um dia, inscrevo-me na biblioteca da tua terrinha e faço a viagem uma vez por mês para me abastecer de livros. ;-)
ResponderEliminarPaula
Ahahahaha! Está à vontade, seriam uns 600kms (ida e volta, mais ou menos) muito proveitosos! Para ambos os lados ;)
EliminarBeijinhos!