Segunda-feira, 09 de setembro de 2013
RELEITURA
Sinopse
As Pontes de Madison County é
a história de Robert Kincaid, famoso fotógrafo, e de Francesca Johnson, mulher
de um agricultor do Iowa. Kincaid, de 52 anos, é fotógrafo da National
Geographic - um estranho e quase místico viajante dos desertos asiáticos, dos
rios longínquos, das cidades antigas, um homem que se sente em desarmonia com o
seu tempo. Francesca, 45 anos, noiva italiana do pós-guerra, vive nas colinas
do Iowa com as memórias ainda vivas dos seus sonhos de juventude. Qualquer
deles tem uma vida estável, e no entanto, quando Robert Kincaid atravessa o calor
e o pó de um Verão do Iowa e chega à quinta dela em busca de informações, essa
estabilidade desaba e as suas vidas entrelaçam-se numa experiência de invulgar
e estonteante beleza, que os marcará para todo o centro.
O resultado é uma história apaixonante e profundamente comovedora, que coloca Robert James Waller na vanguarda dos novos romancistas norte-americanos.
O resultado é uma história apaixonante e profundamente comovedora, que coloca Robert James Waller na vanguarda dos novos romancistas norte-americanos.
Opinião
Na sexta-feira dei comigo a rever o filme baseado
nesta obra. Sim, não foi a primeira vez que o vi, nem a primeira que o revi,
mas o impacto é sempre o mesmo – a extraordinária cumplicidade da fantástica
Meryl Streep e do ex “Dirty Harry” apanha-me sempre desprevenida e o resultado
é o esperado – não descolo do ecrã e sofro com uma intensidade brutal, de tal
forma que choro, choro baba e ranho, como choro!!!
O filme é realmente arrebatador e como consequência
tive que ir à estante, retirar de lá o livro homónimo e relê-lo.
A releitura levou-me de novo a Iowa, a acompanhar a
chegada de Robert a casa de Francesca, a perceber o que nesse preciso momento
começou a mudar nas suas vidas e a viver intensamente aqueles quatro dias em
que os dois saborearam a história de amor das vidas deles. O livro narra tudo
isto numa linguagem simples, despretensiosa, mas, e para minha surpresa (porque
será das pouquíssimas vezes que direi isto), falta-lhe algo quando comparado
com o filme: os gestos, os silêncios, os olhares trocados, os movimentos que
sobretudo o IMENSO talento de Meryl Streep nos oferece em cada cena – o
arrebatamento típico de uma adolescente que se enamora pela primeira vez, a
sensualidade que ela emana nas cenas que divide com Clint Eastwood, o
sofrimento que reflete o seu olhar nas cenas finais, o desespero que a faz
quase abrir a porta da carrinha e abandonar o marido – todo essa magia e carga
de sentimentos que só esta atriz sabe pôr em cada cena fazem com que a leitura
do livro resulte um pouquinho defraudada, já que é impossível não fazer
comparações!...
Comparações aparte, As Pontes de Madison
County contam-nos uma belíssima história de amor, que se torna impossível
porque aparece no momento errado na vida das duas personagens principais. Mas,
apesar de aparecer nesse momento errado e de durar apenas 4 dias, não nos
consegue de forma alguma deixar indiferente, porque quem não gostaria de viver
uma história assim, uma história em que “(…) tínhamos cessado de ser dois
seres distintos e que nos tínhamos tornado num terceiro ser formado por nós os
dois. Nenhum de nós existia independente desse ser.”?...
Excelente livro, excelente adaptação ao cinema. É um dos raros casos em que dou pontuação máxima a ambos, com um pormenor...o semblante de Meryl Streep quando a porta da cozinha é fechada sem o habitual estrondo por Clint, é qualquer coisa de sublime.
ResponderEliminarUm dos livros/filmes da minha vida!
Eu venero a Meryl Streep e concordo plenamente consigo - este é um dos filmes da minha vida! Posso vê-lo mil e uma vezes e ainda assim deslumbrar-me com tudo!
EliminarBom fim de semana!