Ficha técnica
Título – Deixa-me
odiar-te
Autora – Anna Premoli
Editora – Noites Brancas, uma marca do Clube
do Autor
Páginas – 310
Datas de leitura – 29 de abril a 01 de maio de 2018
Opinião
Há uns
tempos atrás descobri finalmente o que significa chicklit. Pois é, shame on me,
que não fazia ideia do que queria dizer esse termo “estrangeiiiro” e a que tipo
de leituras se referia, mas, após algumas visitas muito instrutivas a canais do
Booktube que, hoje em dia, vou seguindo com regularidade, fui capaz de
compreender que a obra que o Clube do Autor gentilmente me ofereceu há uns dois
meses encaixava na perfeição nessa categoria.
Quem me
conhece e me segue neste cantinho, sabe que este género de leituras não é
aquele que mais recorro. Pondo preconceitos de lado, porque não é deles que se
trata – defendo acerrimamente que cada um deve ler aquilo que lhe proporcione
mais prazer – costumo dar pouca atenção a narrativas mais leves e descontraídas
e preferir aquelas habitadas por personagens, situações e sentimentos densos,
complexos e que me magoam e me arrebatam. Porém, não digo que não a uma leitura
descontraída, sobretudo em momentos em que, ou ando mais cansada ou quero fazer
uma pausa nas referidas leituras “difíceis e pesadas”.
Após um
mês quase ele todo dedicadinho a temáticas relacionadas com conflitos armados,
quis entrar em maio com um sorriso nos lábios, relaxada e prontinha para seguir
o jogo “do rato e do gato” de dois jovens que, trabalhando juntos há bastantes
anos, não conseguem estar no mesmo espaço sem discussões, acusações e
comentários maldosos. Jennifer e Ian ocupam posições de destaque num banco e,
depois de anos do referido confronto aberto e declarado, veem-se obrigados a
trabalhar em conjunto. Esse será o ponto de partida para uma narrativa muito
divertida, que me obrigou a não largar a obra até chegar à sua página final.
Não
estou a cometer nenhum crime nem a ser preconceituosa quando afirmo que Deixa-me odiar-te está cheiinha
de clichés. Não se pode esperar outra coisa de uma comédia romântica ou, como
agora já sei, de um chicklit. Mas
caramba, eu, uma leitora assumidamente “mais séria” e “mais exigente”,
embarquei sem dificuldade nenhuma (pelo contrário, com doses generosas de
vontade) nesse mundo de clichés e adorei a experiência. Gostei tanto, mas tanto
que até já trouxe da biblioteca da terrinha outro exemplar de chicklit. Não é da mesma autora, mas
espero que encha as medidas como o fez o de Anna Premoli.
Não me
vou alongar muito mais. Não vos vou contar muito mais da narrativa de Deixa-me odiar-te. O título, o
género a que pertence a obra e a própria sinopse tratam disso. Acrescento
apenas aquilo que é visível no que já escrevi – gostei mesmo muito da leitura e
quero mais! Por isso, de vez em quando, no meio de opiniões de obras densas,
dolorosas, históricas e complexas irão encontrar por aqui algo mais levezinho,
descontraído, muito cliché, mas muito bom para o meu estado de espírito!
Termino
recomendando (e muito) esta obra a quem queira relaxar e desfrutar de uma
narrativa compulsiva e divertida e agradecendo o envio da mesma à editora Clube
do Autor.
NOTA –
09/10
Sinopse
Jennifer e Ian conhecem-se há
sete anos e nos últimos cinco só têm discutido. Chefes de duas equipas no mesmo
banco, entre eles sempre houve um confronto aberto e declarado. Detestam-se e
dificultam a vida um ao outro. Até que um dia são obrigados a cooperar na
gestão da conta de um cliente aristocrata e abastado.
Na vida e no amor há sempre uma
segunda oportunidade?
Um romance moderno, divertido e
terno, uma história atual e muito cinematográfica com todos os ingredientes de
uma bela comédia romântica.
Olá Ana,
ResponderEliminarQue bom que gostaste. Olha eu também não leio muito chicklit, mas acho que anfo numa fase em que preciso de leituras "leves". Esse foi uma agradável surpresa.
Um beijinho
Pois, Isa, então somos duas, porque o trabalho suga-me as energias todas e uma leitura deste género cai estupendamente bem nestas alturas de sufoco! Vou continuar à procura de boas surpresas como esta!
EliminarBeijinhos!!!