O bibliotecário de Paris, de Mark Pryor


Ficha técnica
TítuloO bibliotecário de Paris
Autor – Mark Pryor
Editora – Clube do Autor
Páginas – 328
Data de leitura – de 01 a 05 de novembro de 2017

Opinião
Quem me conhece sabe que o género policial não é um dos meus géneros favoritos. Aliás, há uns bons anos que não lia nenhum. Mas a editora Clube do Autor teve, ao longo do mês de outubro, a gentileza de deixar na minha caixa do correio três miminhos e um deles foi esta obra que é protagonizada por Hugo Marston, chefe de segurança da embaixada norte-americana em Paris, e que alguns leitores poderão conhecer da obra O livreiro, também publicada sob a chancela da editora Clube do Autor.
Parti para esta leitura sem qualquer expectativa, sabendo apenas aquilo que me contou a sinopse e tirando algumas ilações da imagem da capa. A trama inicia-se com a morte do diretor da Biblioteca Americana de Paris que acontece aparentemente de causas naturais. Contudo, o que à partida parece ser um óbito causado por um ataque cardíaco acaba por revelar-se um assassinato que é seguido de outras mortes não menos estranhas. Com a ajuda de uma inspetora da Polícia Francesa, Hugo Marston, amigo do diretor da biblioteca assassinado, seguirá um rasto de pistas complexas e desencontradas para poder finalmente encontrar o assassino.
Mesmo não sendo grande apreciadora do género, a leitura desta obra foi muito agradável e encaixou na perfeição num início de mês caótico a nível profissional. Fui seguindo com interesse as manobras policiais do protagonista e da inspetora Camille Lerens, ganhando simpatia pelos dois, abrindo um sorriso à sua cumplicidade e tentando manter a mente aberta para poder responder à principal pergunta que assola um leitor de um romance deste género – quem é afinal o assassino? Confesso que suspeitei praticamente de toda a gente e que por isso não foi uma surpresa esmagadora quando, por fim, o homicida foi descoberto. Porém, o autor fez um ótimo trabalho nesse aspeto, pois, pelo menos para mim, amadora nestas andanças, Mark Pryor urdiu a trama de forma engenhosa, deixando pelo caminho algumas pistas que podem passar despercebidas aos mais desatentos, mas que encaixam umas nas outras no final e esclarecem os motivos que estiveram por trás dos assassinatos e como é que os mesmos ocorreram.
Quem, como eu, entra nesta leitura sabendo apenas o que lhe informam a sinopse e a imagem da capa, pode pensar que, para além da trama puramente policial, O bibliotecário de Paris evoca a Segunda Grande Guerra e que esta época, que tanto mexe com as minhas predileções, terá um papel fundamental para o desenlace dos assassinatos. Contudo e apesar de a narrativa contar com uma personagem que se suspeita ter estado envolvida na Resistência francesa à ocupação nazi, não se pode afirmar que esse período de que tanto gosto, tenha uma participação tão marcante no enredo e que sobretudo a imagem da capa não seja mais do que uma algo dececionante manobra de diversão ou de simples marketing. É certo que existe uma personagem secundária, que irrompe na narrativa porque é amiga de uma amiga do protagonista, que está interessadíssima em escarafunchar tudo a que possa deitar a mão para descobrir se os boatos que correm sobre o envolvimento de uma atriz famosa com a Resistência francesa são verdadeiros, mas esse interesse parece, por um lado, ser somente uma intriga muito secundária que corre paralela à principal e, por outro, indicar que o autor poderá em breve lançar uma nova obra protagonizada por Hugo Marston para que este se lance em busca da verdade sobre os referidos boatos. A ver vamos. Se assim for, eu não me importo nada de regressar a Paris e acompanhar Hugo Marston, personagem com quem simpatizei desde o princípio.
Resumindo o que fui dizendo até aqui, reitero que esta leitura foi deveras agradável, que abriu brechas na minha resistência em ler obras policiais e que o autor mostrou saber como manter o interesse dos leitores e não defraudar as suas expectativas, principalmente aquelas que pedem que não se saiba demasiado cedo quem é o responsável pelos vários assassinatos que dar cor a uma obra com características policiais. Por tudo isto, refiro mais uma vez que Mark Pryor fez um bom trabalho.
Resta-me agradecer à editora Clube do Autor o envio da obra e a confiança que deposita em mim e no meu cantinho!

NOTA – 07/10

Tal como disse, este livro foi-me disponibilizado pela Editora Clube do Autor em troca de uma opinião sincera. Podes obter mais informações sobre a obra clicando aqui.




Sinopse
A morte de um oficial nazi durante a ocupação de Paris pode ser a chave para resolver um mistério do presente.
O diretor da Biblioteca Americana em Paris é encontrado morto numa sala trancada. A polícia conclui que o homem morreu de causas naturais, porém o responsável pela segurança da Embaixada dos EUA tem a certeza de que algo errado se passou. A sua investigação leva-o até à cena do crime cometido durante a Segunda Guerra e as suas descobertas vão surpreender tudo e todos.

2 comentários:

  1. Olá Ana,
    Este ainda não li, mas quero muito ler. Parece interessante.
    Beijinhos e boas leituras

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    Respostas
    1. Oi, Isa!
      Sim, lê-se muito bem! Acho que vais gostar e passar um bom bocado com ele!
      Beijinhos e leituras muito saborosas!

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