Extremamente alto e incrivelmente perto, de Jonathan Safran Foer

Segunda, 01 de julho de 2013




Sinopse
Oskar Schell tem nove anos e é inventor, francófilo, tocador de tamborim, ator shakesperiano, joalheiro, pacifista. Além disso, está a empreender uma busca urgente e secreta através das cinco zonas de Nova Iorque a fim de encontrar a fechadura onde entra uma chave misteriosa que pertencera ao pai, morto no atentado contra o World Trade Center. Oskar, uma inspirada criação do autor, é encantador, exasperante e inesquecível.

Opinião
Estaria a mentir se afirmasse que comprei este livro baseando-me apenas na sua sinopse. O que realmente determinou a sua compra foi a capa que faz alusão ao filme protagonizado por bons atores, o trailer desse mesmo filme e sobretudo o momento em que desfolhei o livro pela primeira vez e constatei que, para além de estar “povoado” de fotos, apresenta uma mancha gráfica muito diferente do que é habitual – páginas repletas de texto, outras quase em branco, palavras ou parte delas rodeadas a vermelho, caixas de texto que se assemelham a cartões que vendedores, empresários, etc. trazem sempre consigo com os seus dados pessoais… e no final um grupo de fotografias quase iguais que retrata a queda de uma pessoa que se atirou de uma das torres do World Trade Center no fatídico dia do ataque. Esse grupo de fotos tem a particularidade de, se passarmos as fotos rapidamente (como em banda desenhada, para vermos a personagem a mexer-se), vermos a queda ao contrário, ou seja, na última foto a pessoa deixa de cair, parece que não se atirou, que tudo não passou de uma ilusão, de um pesadelo, enfim…
Considerando agora a história de Extremamente alto, incrivelmente perto, esta narra as comoventes peripécias de Oskar Schell, que está a passar por um período de grande dor e sofrimento, pois perdeu o pai no atentado às torres gémeas. Tenta preencher esse vazio e uma óbvia confusão de sentimentos com invenções estrambólicas, cartas para cientistas e estudiosos e outros passatempos pouco típicos de um miúdo de nove anos. A sua vida sofre, contudo, uma mudança quando descobre num vaso um misterioso envelope com uma chave e um nome – Black. A partir daí, inicia uma cruzada para encontrar o tal Black e a fechadura para a chave, já que pensa que, se os encontrar, irá descobrir algo que o pai lhe queria dizer antes de morrer.
Para além de Oskar, o livro possui outros dois narradores – os seus avós paternos – que contam a sua história, marcada por muita tristeza.
Esta obra é assim muito complexa e ao mesmo tempo mexe com as nossas emoções – sofri bastante com a dor de Oskar e com tudo o que ele faz para saber mais sobre o pai, para conseguir conviver com uma perda insuperável.

É uma leitura que recomendo!

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