Segunda-feira, 03 de agosto de 2015
O meu mês de agosto começou como tem
vindo a ser habitual nos últimos anos – com uma ida à escola para dizer um “até
já” ao trabalho. Contudo, desta vez a despedida fez-se com um toque literário,
o que tornou irresistivelmente saborosa a espera por uma homologação emanada
pelas atarefadíssimas instâncias superiores do Ministério da Educação.
Sentadas numa mesa redonda, estivemos
infindáveis minutos numa amena cavaqueira literária, na qual cada uma de nós
falou da obra que presentemente temos em mãos, da atitude que tomamos perante
uma história que não nos agarra desde o início, dos nossos autores favoritos e
sobretudo de sugestões de futuras leituras. É mais do que óbvio que “bebi com
muita gula” tudo o que fui ouvindo, apontei na memória títulos e autores e,
mesmo depois de a tertúlia ter sido interrompida pelo dever que nos chamava,
não pude deixar de sorrir para mim mesma, porque há muito pouca coisa que me
proporcione tanto prazer como trocar ideias sobre leitura e o amor aos livros.
Saí da escola cansada, admito, mas com
a cabeça a fervilhar com títulos de obras que têm obrigatoriamente de cair em
breve na minha estante J, tais como:
§
As velas ardem até ao fim, de Sándor Márai – segundo as minhas
colegas, a obra-prima deste autor húngaro que me vai acompanhando com A mulher certa
§
O remorso de Baltazar Serapião, de Valter Hugo Mãe – uma obra
fantástica (que ainda não tive o prazer de ler) do fantástico escritor vila-condense
§
O último cais, de Helena Marques – uma autora que
até agora desconhecia, mas que tem obras como esta que, segundo uma das minhas
colegas, seguramente nos cativarão
§
Crónicas do mal de amor, de Elena Ferrante – mais uma obra
desta autora italiana que está a apaixonar muitas, mas muitas das minhas
compinchas literárias J
§
Mágoas da escola, de Daniel Pennac – um livro
delicioso que aborda de uma forma bem-humorada os dissabores de um mau
estudante
Já em casa, não descansei enquanto não
contagiei o meu maridinho, massacrando-o com tudo o que tínhamos partilhado na
tertúlia da tarde e informando-o, como ninguém quer a coisa, de que era Dia B,
ou seja, que a Bertrand estava com todos os livros com desconto de 20%, no
mínimo. É claro que ele não resistiu ao meu massacre e lá se sentou comigo em
frente ao computador para encomendarmos dois livros. Após muita indecisão, lá nos
decidimos por estes que já moravam na minha wishlist há uns tempos:
§
Stoner, de John Williams
§
Desamparo, de Inês Pedrosa
É assim caso para dizer que o dia de
hoje foi um dia que encheu verdadeiramente as minhas medidas de viciadinha em
livros J Resta-me agradecer às minhas queridas
companheiras e esperar que dias como este se repitam muito em breve!
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