Janeiro é mês de aniversários cá em casa.
Meu e do maridinho. E isso oferece-nos de bandeja a desculpa ideal para comprarmos
livros para oferecermos um ao outro. E oferece a quem nos é próximo a oportunidade
de também recorrer às livrarias em busca da prenda que sempre nos agrada tremendamente!
Fazendo as contas, este mês recheou a
estante, à custa das referidas prendas, com sete novos livros. Até se me abre
um sorriso de orelha a orelha ao escrever este número – sete!!! Quatro foram-me
oferecidos e os outros três ao maridinho.
Os meus homens presentearam-me com
duas obras que seguramente me arrebatarão.
Los
besos en el pan,
da minha querida e fantástica Almudena Grandes, aborda uma temática muito atual
– a crise económica que assola não só o nosso país, como o de “nuestros
hermanos”, contra a qual a geração mais nova não consegue combater da mesma
forma que o fez a geração dos nossos pais e avós, já que lhe falta essa bagagem
de sacrifício e respeito pelos bens mais essenciais e que, num piscar de olhos,
podem evaporar-se.
Nos finais de 2015, numa das muitas
vezes que cusco um blogue espanhol que sigo religiosamente (El búho entre los libros), fiquei
entusiasmadíssima com uma das obras que Pedro, o administrador do blogue,
considerou uma das melhores leituras que havia feito em 2015. A obra era de uma
autora que até então me havia passado despercebido (por esta ou aquela razão) –
Kate Morton. Comentei “essa descoberta” com o N. e ele aproveitou de imediato a
deixa e presenteou-me com Jardim dos
segredos, cuja sinopse é deliciosamente intrigante e poderosa.
O
amante japonês,
de Isabel Allende foi-me oferecido pelos meus sogros e já figurava na minha
wishlist há algum tempo, porque tudo o que li sobre esta obra indicava que
Isabel Allende regressou em força, com uma história saborosa, envolvente que
faz jus às suas criações mais antigas e que são tanto do meu agrado.
As minhas queridas espanholitas “pitufinas”
regalaram-me com a última obra de Javier Marías, um autor espanhol fabuloso que
sempre surpreende em tudo o que escreve e que em Assim começa o mal traz-nos mais um exemplo do quanto aquele
que é considerado um dos melhores romancistas espanhóis da atualidade é um
profundo conhecedor da alma humana. A sinopse faz-nos imaginar uma narrativa
prometedora e suculenta J
O maridinho apenas recebeu obras de autores
portugueses.
Em
teu ventre, de
José Luís Peixoto talvez me faça regressar ao mundo deste autor, com quem ando
de costas voltadas, embora trate de um tema que mexe com o meu lado mais cético
– as aparições de Fátima. Contudo, como há um lado muito maternal na narrativa,
sinto que é desta que farei as pazes com este autor que sei que é dos melhores
da atualidade portuguesa.
Como é habitual, não deixamos fugir a
oportunidade de deitar a mão a mais uma obra premiada pela editora Leya. Sendo
assim, eu e o filhote oferecemos ao homem da nossa vida O coro dos defuntos, de António Tavares. As expetativas são
altas e não queremos de forma alguma que sejam defraudadas. Esperemos que não…
Por fim, da sogrinha, tocou-lhe mais
uma obra de Domingos Amaral – Um casamento
de sonho –, um dos criadores de romances históricos que o N. mais aprecia
e que seguramente cumprirá com os requisitos – um bom contexto histórico, uma
história promissora e um ritmo vivo e envolvente.
No que diz respeito às leituras do mês
que findou, tenho a dizer que me satisfizeram quase em pleno. Atribuí a nota
máxima a duas delas – ao segundo volume da tetralogia de Elena Ferrante e a Perguntem a Sarah Gross – porque
são simplesmente perfeitas, com histórias que nos abraçam e não nos largam. O último cais, de Helena Marques
foi uma bela porta de entrada no mundo literário desta autora até então desconhecida.
Por sua vez, Mar humano, arrebatou-me
e desiludiu-me em simultâneo, mas não me impedirá de tentar ler mais daquilo
que foi escrito pela sua autora. Aproveitei ainda, neste mês que parece não ter
fim, para dar um saltinho aos anos da minha adolescência e reler uma
preciosidade de 1965 – Não nos deixes,
Anni, de uma autora finlandesa. Por fim, A catedral do mar, o único livro que li em janeiro escrito por
um espanhol dececionou-me bastante e foi juntar-se ao punhado de obras que, até
hoje, não consegui ler até ao fim L
Como sempre, deixo-vos os links para acederem à opinião completa
das obras lidas este mês:
Termino dizendo que, com estas seis
leituras, vou bem encaminhada para cumprir com um dos desafios deste ano – ler 60
livros J
Tantos livrinhos :) muito bom.
ResponderEliminarSiiiiiiiiiiiim :) :) Mesmo muito bom. Sou mesmo feliz com livrinhos novos à minha espera!
EliminarBeijinhos e volta sempre!
Olá Ana,
ResponderEliminarFoi um excelente mês então. Que bom que é receber livros! Espero que vos proporcionem boas leituras.
E parabéns atrasados.
Beijinhos e boas leituras
Isa, tu bem sabes o quanto é bom receber histórias novas, que aí estarão à nossa espera, prontinhas para maravilhar-nos.
EliminarMuito obrigada pelos parabéns!
Beijinhos e um fevereiro recheadinho de fartas leituras :)