Ficha técnica
Título – Marcada
para morrer
Autor – Peter James
Editora – Clube do Autor
Páginas – 472
Datas de leitura – de 19 a 25 de fevereiro de 2018
Opinião
Segunda
leitura de um romance policial em menos de quatro meses. Feito considerável
para alguém que não é a maior apreciadora do género. E tudo por causa da
extrema generosidade da editora Clube do Autor, que me vai enviando este género
de romances e assim me vai espicaçando e levando à sua leitura.
Após
ter lido O bibliotecário de Paris
e este Marcada para morrer
tenho que afirmar que continuo a não ser a maior apreciadora de policiais e
thrillers. Mas também tenho que afirmar que começo a constatar que ler este
tipo de romances permite-me fazer um parêntesis em leituras mais densas,
complexas, pesadas e dessa forma continuar a alimentar o meu vício com
narrativas mais leves, mais diretas e que me entretêm sem se tornarem
enfadonhas.
Já conhecia
este autor através do que vou “cuscando” nos blogues que vou seguindo com
dedicação. Sabia que Marcada para
morrer faz parte de uma saga protagonizada por Roy Grace, detetive
principal da polícia de Sussex e que, por muito que os casos que o mesmo
investiga sejam diferentes, o facto de estar apenas a conhecê-lo no volume onze
da saga não me iria permitir saber muito da sua vida. E comprovei-o à medida
que ia lendo a obra, pois fiquei ao corrente de que Roy está casado pela
segunda vez, tem um filho bebé, mas ainda sente que está acorrentado ao seu
primeiro casamento, à sua primeira mulher, Sandy, que desapareceu sem deixar
rasto. Ora, como devem compreender, fiquei algo desapontada por não ter como
saber o que aconteceu a Sandy, por que razão desapareceu ou como Roy refez a
sua vida, se apaixonou por Cleo e quer pôr para trás uma vida que crê estar
completamente terminada com o desaparecimento de anos da sua primeira mulher.
É óbvio
que, sendo como sou, não fui capaz de pôr de parte esse pequenino
descontentamento. No entanto, tentei que o mesmo não prejudicasse o que de
verdade compõe a narrativa de Marcada
para morrer – o caso de um assassino em série, que rapta mulheres
jovens, as marca com a expressão “Quero-te
morta”, as mata e as vai largando em vários locais. E acho que o consegui,
porque fui seguindo com bastante interesse os passos da polícia e do próprio assassino,
acumulando dados e tentando, eu própria, descobrir quem seria na verdade o
homem que estava por detrás do rapto, tortura e morte de um leque de jovens
bonitas. E sim, acho que fui mais rápida que Roy Grace, pois as minhas
desconfianças iniciais revelaram-se certeiras. Para quem é inexperiente nestas
andanças policiais, até que não me estou a sair nada mal!
Sem
querer revelar muito mais, digo que, no geral, gostei bastante desta leitura,
sobretudo de Roy Grace, do seu passado (que adoraria conhecer melhor), da sua
personalidade cativante e do interesse e empenho que coloca na resolução dos
casos. Acho, porém, que a narrativa seria mais fluída e captaria ainda melhor a
atenção do leitor se o seu ritmo não fosse, como é, prejudicado pela
minuciosidade na descrição dos procedimentos policiais e pela quantidade algo
exagerada de personagens que a povoam. São realmente muitas, sobretudo as
secundárias, e é muito difícil conseguirmos recordar-nos de todas e saber quem
é quem.
Remato
esta opinião dizendo que gostaria muito de ler o próximo volume (que
seguramente será escrito), já que fiquei curiosa sobre como será o futuro de
Roy Grace face aos acontecimentos e revelações que encerram esta obra.
Agradeço,
uma vez mais, à editora Clube do Autor
que me enviou esta obra em troca de uma opinião sincera.
NOTA –
07/10
Sinopse
Escutou-a a gritar. Um grito
aterrador. Depois instalou-se o silêncio.
Primeiro, há uma mulher raptada.
Depois, surgem os corpos assassinados, uns no passado e outros no presente. No
final, a perversidade por trás destes crimes vai surpreendê-lo e arrepiá-lo.
Até que ponto um passado
tortuoso é capaz de gerar uma mente monstruosa e vingativa? O que fazer quando
o pior mal existe naqueles em quem mais confiamos?
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