Segunda visita à Feira do Livro de Lisboa







Cumpri a promessa que me fiz a mim mesma o ano passado, quando me estreei na Feira do Livro de Lisboa. Regressei e desta vez com mais tempo 😋😋😋
O ano passado, como talvez se recordem (se não se recordam, podem fazê-lo aqui), estive no Parque Eduardo VII no dia 03 de junho e apenas por duas horas que se revelaram muito curtinhas para uma primeira visita à maior celebração do livro que se faz em terras lusas. Foi uma visita muito atribulada e que me deixou com uma vontade tremenda de repetir, mas em formato XL, ou seja, regressar a Lisboa, regressar à sua Feira do Livro com tempo suficiente para deambular devagarinho, sem sufocos de horários. Assim, ficou de imediato definido que em 2018 voltaríamos à capital de comboio, nos deslocaríamos de metro até ao Parque, mas que a correspondente estada seria de dois dias – um fim de semana inteirinho para lambuzar-me de delícias literárias e, quiçá, conhecer mais uns recantos da cidade.
Este ano os afazeres escolares do mais novo ditaram que iríamos à Feira nos dias 09 e 10 de junho. Partimos no sábado de manhã cedinho e, duas horas e meia mais tarde, o Intercidades deixou-nos na Gare do Oriente. Check-in no hotel feito e almoço comido, "zarpámos” para o Parque Eduardo VII e a primeira coisa que fizemos foi consultar o mapa da feira, esclarecer algumas dúvidas, sacar o caderninho da “wishlist” familiar e traçar o roteiro para uma tarde do mais puro e saboroso deleite!
Não foi muito fácil percorrer todas as bancas com calma e sossego. Primeiro, porque era sábado de tarde e muita gente deambulava por todos os cantinhos dos dois “corredores” da Feira. Segundo, porque não estava sozinha – o meu homem mais pequeno, depois de ter feito as compras dele, queria voltar a corredores subterrâneos e saborear todas as linhas, todas as estações e todas as carruagens do Metro da capital. Terceiro, porque a minha mummy também estava connosco e os livros pouco ou nada lhe dizem. Consequentemente, sentindo um pouco a pressão que filho e mãe, sem muita consciência disso, iam fazendo para que eu me despachasse, fui, mais uma vez, atraída para os espaços das editoras maiores e mais reputadas, pois era aí que sabia que iria encontrar a maior parte dos livros que tinha apontado no meu caderninho.
Para mim não comprei nada na primeira ronda que fiz pela Feira. Apenas comprámos livros para o mais novo que veio carregadinho com os volumes do Diário de um Banana que lhe faltavam e os números 2 e 3 da outra coleção que o está a deixar entusiasmadíssimo – a do Tom Gates. Essa primeira ronda serviu para que pudesse confirmar descontos e sessões de autógrafos. Na que se lhe seguiu já tinha tomado as minhas decisões e fui somente às bancas onde estavam aqueles livros que eu iria comprar e pedir o correspondente autógrafo ao autor ou autora. Comprei somente livros com 20% de desconto ou mais, mas insisti para que o maridinho fechasse os olhos ao escândalo de numa Feira do Livro venderem livros com APENAS 10% de desconto e comprasse a última obra de Rodrigo Guedes de Carvalho para que este a autografasse. Terminámos assim a tarde de sábado no espaço LEYA, com sacos recheadinhos de livros e uma satisfação tremenda no olhar. Faltou somente um pequeno pormenor para que tudo tivesse sido perfeito – que o Ondjaki não se tivesse ausentado da mesa de autógrafos quando lá cheguei com a sua obra Os da minha rua na mão. Ainda esperei e esperei, mas ele nunca mais regressou…
No dia seguinte, a visita foi mais curta e solitária. Regressei ao Parque com um único intuito – que João Reis me autografasse A avó e a neve russa. Consegui o desejado autógrafo, falei um pouquinho com o autor, mas a minha timidez não permitiu que fosse mais do que uma breve troca de palavras acanhada que, no entanto, encerrou da melhor forma possível um fim de semana que terá que ser repetido nos próximos anos!
Passadas duas semanas (que saudades!), os novos inquilinos já habitam a estante e todos eles esperam pacientemente a sua vez, já que aterraram numa casa onde tudo se lê de forma cronológica 😜 Não são muitos, são apenas 8 de literatura adulta e 5 de literatura juvenil, mas são suficiente para nos deixarem de sorriso “bobo” na cara e para me aguçarem o apetite para futuras visitas à FLL!
Para concluir, deixo-vos um resumidinho diário fotográfico destes dois dias inesquecíveis! Até 2019! Ah! E quero saber tudo o que vocês que, como eu, tiveram o privilégio de calcorrear os espaços da Feira, compraram e como se desgraçaram!






10 comentários:

  1. Olá.minha querida,
    Fico contente que tenhas conseguido ir à FLL. E compraste alguns livros 😜 e compraste "A Casa" 😍 tão bom. É sempre um belo passeio.
    Um beijinho

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    1. Olá!
      Sim, foi um passeio mesmo muito bom! Vim carregadinha de felicidade! Estava mortinha por ler uma das graphic novels de Paco Roca! Se o "Rugas" não estivesse esgotado também tinha vindo! E tudo por tua culpa ;)
      Beijinhos, querida Isa!

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  2. Desses li apenas um - o do Ondjaki - e espero que a vez dele chegue depressa :)
    Se não for demasiada ousadia da minha parte - e ciente do muito tempo que ainda falta até lá - avisa-me quando/se vieres para o ano! Nem que seja para dar um beijinho e beber um café na Feira :)

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    1. Sim, Bárbara, se for para o ano, terei todo o prazer em estar contigo para beber alguma coisa (não bebo café, mas faço-te companhia com um chá ou um sumo ;))
      Sei que o Ondjaki me vai deslumbrar! Não tenho dúvidas!
      Beijinhos!

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    2. Chá, sumo, gelado, fartura, copo de água, o que seja :) beijinhos!

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  3. Só uma palavrinha rápida, que estou aqui a desfazer malas, mas volto cá para comentar ponto a ponto mais esta tua aventura em terras alfacinhas.
    Mas digo-te já que os nossos filhos também podiam ser book buddies. O meu não descansou enquanto não fez a colecção toda do Banana e agora está viciado no Tom Gates. Ele também gosta muito do Tim Fiasco e do Bando das Cavernas do Nuno Caravela, para apoiar o produto nacional como a mamã. :-)
    Bieijinhos!
    Paula

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    1. Com que então os nossos filhos (tal como as mães) são book buddies? Que delícia!!!
      Vou já cuscar esse produto nacional de que falas! Quem sabe não agrada ao mais novo cá de casa?
      Beijinhos e bom fim de semana!

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  4. Adorei as tuas aventuras na Feira, Ana dos Cabelos Longos!
    Claro que quando se está em passeio com a família temos de fazer cedências, mas para mim, este é o momento egoísta do ano e deixo-os todos em casa, porque nenhum tem o meu andamento e foco nestes eventos.
    Também tenho os Interessantes, mas como é grande, vai ficando para trás...
    Estou muito curiosa com o João Reis, por isso, requisitei A Noiva do Tradutor da biblioteca. Se gostar, quero os seguintes!
    Só tenho pena de ter de esperar para aí um ano para ver a tua reacção a Os Meus Sentimentos. Que pena não entrar em nenhuma categoria do Bingo!
    Eu comprei muitos livros baratinhos, mas já tive de esconder as provas do crime para o meu marido não me perguntar pela enésima vez: "E onde os vais arrumar? Já não há espaço para mais estantes!!!!"? Ah ah! Comprei vários autores espanhóis, inspirando-me em ti: Mercè Rodoreda, Marina Perezagua, Antonio Fontana e Antonio Orejudo. Conheces algum? Só me escapou Os Peixes da Amargura, que ainda estavam um pouco caros para esta forreta!
    Volta sempre, já falta menos de um ano! ;-)
    Paula

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    1. Obrigada, querida, também adorei as minhas aventuras livrólicas em terras lisboetas e só espero repeti-las no próximo ano!
      Que sorte, a tua biblioteca tem A noiva do Tradutor, a minha nãaaooo....
      Quanto à minha mania das leituras cronológicas, em setembro trago novidades! E mais não digo ;)
      Fiquei curiosíssima com as tuas compras. Não conheço nenhum dos autores que compraste e quero muito saber a tua opinião de todos eles!!! E muito me ri com as tuas artimanhas para que aí em casa não saibam dos teus pecados literários!!!
      Beijinhos, muitos!

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