Ficha técnica
Título – Avozinha
Gângster
Autor – David Walliams
Editora – Porto Editora
Páginas – 256
Datas de leitura – 01 a 02 de setembro de 2018
Opinião
Na
última semana de agosto fui devolver livros à biblioteca da terrinha e é mais
do que óbvio que não vim de lá de mãos vazias. Fui acompanhada pelos meus dois
homens e no saco “de compras” trouxemos três livros.
Tinha
reservado com antecedência esta obra de David Walliams que sabia que encaixaria
que nem uma luva na categoria “Livro Silly” da maratona em que estou a
participar. No final do ano passado uma colega de trabalho emprestou-me Sr. Pivete e, como podem
comprovar aqui, fiquei rendida ao estilo do autor (simultaneamente hilariante e
ternurento), à personagem do Sr. Pivete (que nunca mais me irá abandonar) e aos
subterfúgios, às mensagens e chamadas de atenção que povoam (de forma indireta,
claro) a narrativa e que são uma alfinetada aos comportamentos familiares dos
dias de hoje.
Em Avozinha Gângster, os
protagonistas são, tal como em Sr. Pivete,
uma criança e um sénior. Ben (ou Benny) todas as sextas-feiras é arrastado
pelos seus pais para casa da avó, porque esse é o dia dedicado ao casal, é
nesse dia que pai e mãe disfrutam de um tempo a sós a ver O Dança com as estrelas na televisão ou ao vivo. Para Ben,
não há maior tortura do que estar em casa da avó, ser obrigado a engolir a sua
sopa de couve, o seu puré de couve, o seu pudim de couve, jogar todas as noites
Scrabble e ter suportar o cheiro dos pums que a avó vai disparando sempre que
se movimenta e que parecem o “quá, quá” de um pato. Contudo, nem tudo é o que
parece e debaixo daquele ar de avozinha com cabelos brancos, dentadura, que veste
sempre o mesmo casaquinho de malha, em cujas mangas guarda os lenços de papel
que vai usando, esconde-se alguém que é mundialmente famosa por roubar joias!!!
Como
devem calcular, voltei às gargalhadas que havia dado com a primeira obra que li
de David Walliams. É impossível não rir com a caracterização da avó, é
impossível não rir com os apartes hilariantes que vão aparecendo ao longo da
narrativa. Contudo, tal como me havia acontecido com Sr. Pivete, também voltei às lágrimas (como não haveria eu
de chorar com uma história que envolva velhotes e, ainda por cima, velhotes e
netos?...) e a anotar mentalmente a forma habilidosa e inteligente como o autor
aborda numa trama juvenil, repleta de ação e muito divertida, temáticas preocupantes
da sociedade atual – filhos a quem os pais pouca atenção dedicam, filhos a quem
os pais querem impingir os seus próprios sonhos e aspirações e adultos que
pouco ou nenhum valor dão aos seniores, aos seus seniores.
Por
tudo isto, digo aquilo que já havia dito aquando da leitura de Sr. Pivete. Foi
uma experiência deliciosa e que quero, sem dúvida, repetir. Pretendo trazer da
biblioteca as outras obras de David Walliams que lá moram e divertir-me com
elas tanto como me diverti com as duas que já li dele. Concluo, acrescentando
apenas que, se comparar Sr. Pivete,
com esta avozinha, tenho que dizer que, das duas obras, a primeira continua a
ser a minha preferida, somente por uma razão que tem a ver com uma parte
importante da ação de Avozinha
Gângster e que, para os meus 43 anos, é pouco credível. No entanto,
creio que para os mais novos essa parte será uma das mais interessantes e não
lhes “estragará” o prazer de conhecer esta avozinha e o seu “Benny”.
É óbvio
que, para finalizar, tenho que recomendar (e muito) esta leitura a miúdos e a
graúdos! Leiam-na e leiam as outras obras do autor! Não se arrependerão!
NOTA –
09/10
Esta
foi a décima terceira leitura que fiz para a maratona literária Bookbingo – Leituras ao sol 2 – e foi,
como já disse, para a categoria Livro silly.
PS –
Que próxima obra de David Walliams me recomendam?
Sinopse
O nosso herói, Ben, adormece só
de pensar que tem de ficar em casa da avó. Que seca! É a avozinha mais
aborrecida de sempre: só pensa em jogar jogos de tabuleiro e comer sopa de
couve. Mas há dois segredos que Ben desconhece:
§
A sua avozinha é uma famosa ladra de
joias.
§
E toda a vida sonhou roubar as Joias da
Coroa inglesa, e agora precisa da ajuda de Ben…
Uma história sobre preconceitos
e aceitação, cheia de piadas engraçadas e palavras tolas, ao estilo
bem-humorado do comediante David Walliams, com mais de 4 milhões de exemplares
vendidos em todo o mundo.
Nunca li o autor, mas comprei precisamente este (pelo desconto e pelo título e pela piada) na Feira do Livro este ano! Fico feliz pela tua opinião positiva - e odeio couves :)
ResponderEliminarEhehehe, não odeio as couves, mas depois de ter lido esta obra, já lhes torço um bocadinho o nariz :)
EliminarQuando o leres, diz-me! Acho que vais ficar fã!
Olá querida,
ResponderEliminarEste livro é giríssimo! Adorei! Também o li da biblioteca. Assim que o encontrar irei comprá-lo para a biblioteca do meu pequeno.
Um beijinho
A ideia é mesmo essa, trazê-lo para casa para a pequenada! O meu ainda anda deliciado com o Banana (já os leu todos) e agora com o Tom Gates! Quando lhe passar essa onda, vou apresentá-lo ao David Walliams :)
EliminarBeijinhos!
Fizeste bem em ler coisas mais ligeiras depois do portento da Kate Morton. Quando os livros ficam muito comigo, prefiro ler uns contos, para não haver comparação possível e não punir o próximo livro com o meu saudosismo.
ResponderEliminarNão sei se te recomendo porque é um bocado a atirar para o nojento, mas os meus filhos estão a divertir-se "bué" com As Piores Crianças do Mundo do Walliams. Se não te agoniares com lêndeas, ranhoca e baba... ;-)
Bom fim de semana!
Paula
Acho que vou seguir todas as tuas sugestões - intervalar leituras marcantes com coisas ligeiras e curtinhas!
EliminarQuanto à sugestão do Walliams, se morar na biblioteca, vem comigo um dia destes!
PS - E não é que mora? ;)