Ficha técnica
Título – O
jovem da porta ao lado
Autores – Josie Lloyd e Emlyn Rees
Editora – Editorial Presença
Páginas – 270
Datas de leitura – 08 a 11 de agosto de 2018
Opinião
Resgatei
este livrinho da estante pensando que seria uma narrativa chicklit, com amor misturado com boas doses de comédia e momentos
patetas e assim preencher mais uma “casinha” do Bookbingo, cuja categoria é a
de uma leitura “silly”.
Esta
obra mora na minha estante há mais de quinze anos e não é a única que tenho
desta parelha de autores. As outras são do mesmo género e só não escolhi
nenhuma delas, porque uma é a continuação da outra. Portanto, quando fiz as
escolhas para a maratona do Bookbingo, percorri as estantes na esperança de
encontrar alguma obra que fosse levezinha, cómica e “silly” e detive-me em O jovem da porta ao lado,
recordando escassos pormenores de uma leitura agradável e que, presumia eu, seria
adequada para a categoria em questão para a maratona.
Dei-me
rapidamente conta de que tinha feito uma escolha errada. A narrativa conta-nos
a história de dois jovens que foram o melhor amigo um do outro enquanto
crianças e que essa amizade acabou transformando-se num grande amor juvenil.
Contudo, um acontecimento muito doloroso fez com que seguissem caminhos
separados. Quinze anos depois, Fred e Mickey encontram-se casualmente numa casa
de brinquedos e compreendem que o amor que os uniu em jovens esteve apenas
adormecido e que bastou uma breve troca de olhares e frases de circunstância
para que relembrassem a cumplicidade e a força de um amor que parecia
indestrutível e capaz de derrubar todo o tipo de barreiras.
Admito
que hoje em dia não me puxam este género de leituras. Também se passaram quinze
anos na minha vida que fizeram com que os meus gostos de leitora fossem mudando
e moldando a uma evidente maturidade e exigência. Porém, não posso negar que o
meu lado romântico continua a ocupar um lugarzinho especial em mim e que não
fico indiferente a histórias de amores entre jovens e menos jovens. Por isso,
as páginas de O jovem da porta ao lado
foram passando com velocidade pelos meus dedos e deixei-me envolver pela
narrativa bipartida, com capítulos alternadamente narrados por Fred e Mickey, e
acolhi com muito carinho estas duas personagens, a determinação e coragem de
Mickey, o seu lado protetor que a leva a lutar e a “embalar” aqueles a quem
mais ama, a timidez e desamparo de Fred, o sofrimento que o acompanha desde
miúdo e, acima de tudo, os laços indissolúveis que os mantêm ligados, mesmo
estando separados durante tanto tempo.
É
verdade que não preenchi nenhuma categoria do Bookbingo com esta leitura. É
igualmente verdade que a mesma não me trouxe nada de novo, que a sua história é
lamechas, previsível quanto baste, mas não posso considerá-la uma perda de
tempo. Encheu-me estes dias veraneios de sorrisos bobos, de cores alegres e de
muitos corações brilhantes e isso às vezes é suficiente.
Apesar
de saber que muito dificilmente a encontrarão à venda (nem aparece na WOOK),
recomendo-a para quem tropeçar nela numa biblioteca municipal ou num
alfarrabista. Mas preparem-se para doses consideráveis de lamechice 😊
NOTA – 08/10
Sinopse (in English, porque é assim que está
no Goodreads e não me apetece nada ter que traduzi-la ou copiá-la da contracapa
do livro)
It's
the 1970s in the sleepy English village of Rushton, and Mickey Maloney and Fred
Roper are next door neighbours and best friends. In and out of scrapes from
childhood, they share everything from their first cigarette to their first
kiss. They're convinced that nothing will ever keep them apart - but they're
wrong. Fifteen years later, Mickey is beginning a new phase of her life with a
small flower shop in London. Squeezed into the tiny flat upstairs, she's a
loving, if chaotic, single mother, trying to build a secure life. Fred's about
to get married to Rebecca, but when he bumps into Mickey in the aisle of Toys
'R' Us, his whole world turns upside down. The Boy Next Door is a warm, funny and moving novel
about second chances and falling in love and learning you're never too old.
Sem comentários:
Enviar um comentário