A queda dos gigantes, de Ken Follett

Quinta-feira, 15 de setembro de 2011




Depois de quase um mês a carregar um calhamaço de 921 páginas, acabei finalmente de ler o primeiro volume da trilogia O Século, de Ken Follett. Em A queda dos gigantes, que aborda o período histórico de 1911 a 1925 (mais uma obra que centra a sua ação na Primeira Guerra Mundial!), travamos conhecimento com as cinco famílias que nas suas sucessivas gerações virão a ser as grandes protagonistas desta trilogia. Do País de Gales, a família de Billy e Ethel, símbolos da classe operária mineira; de Inglaterra, a família de Fitzherbert, aristocrata, conservadora e que representa o preconceito e a injustiça social; da Alemanha, a família de Walter, que nos mostra, por um lado, o tradicionalismo alemão do pai de Walter e, por outro, a juventude deste, que se batalha pela modernidade e democracia; da Rússia, a família Pechkov, que acompanha muito de perto o derrube do regime cazarista e consequente instauração do bolchevismo; e finalmente, dos Estados Unidos, a família de Gus, que é a imagem de um país visto (como já é costume) como “the promised land”, onde todos os sonhos se realizam.
Confesso que o tamanho considerável desta obra não me desmoralizou e que a li com bastante satisfação. Considero que Ken Follett não é o melhor romancista histórico da literatura internacional (o seu estilo não prima pela complexidade, a sua “obsessão” em pôr no mesmo cenário e a dialogar personagens reais e fictícias faz-me alguma confusão), mas há que lhe tirar o chapéu no que diz respeito à pesquisa exaustiva que faz na preparação de qualquer dos seus romances e que se traduz numa fidelidade histórica que se coaduna satisfatoriamente com a narrativa ficcional.

Agora resta-me esperar pelo segundo volume da trilogia!... 

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