Emma, de Jane Austen

Terça-feira, 18 de setembro de 2012



Sinopse
Ema é uma herdeira rica, inteligente e bela. Optimista, consciente da sua superioridade, segura de si mesma, fiel respeitadora as "conveniências" - enfim, o tipo acabado da "verdadeira senhora" -, passa o tempo a combinar casamentos "convenientes" entre amigos e protegidos.
Um dia, sem arranjos prévios, ela própria é pedida em casamento por Mr. Knightley. Ema não assume um compromisso, mas não o desencoraja, debatendo-se com um drama interior: o pretendente é amado por uma das suas melhores amigas, a qual Ema deseja ver feliz e "convenientemente" casada. No íntimo, porém, tem um sentimento de aversão ao casamento de Harriet com Knightley e não pelas questões de conveniência que tanto respeita: é que ela própria ama Knightley.
Ema cede finalmente a um amor que tem razões mais fortes que a própria razão.

Opinião

A homenagem a Jane Austen segue o seu caminho!...
Acabadinho de ler, sinto que o romance Emma não foi apreciado e lido com a atenção e o carinho que merece... Permiti que todo o nervosismo e angústia que me têm acompanhado nos últimos dias prejudicassem os meus sagrados momentos de leitura e... confesso que até houve partes da narrativa que me maçaram...
A protagonista Emma Woodhouse é uma jovem bela, rica inteligente, mas cuja personalidade alberga muitos defeitos - é fútil, egoísta, manipuladora, preconceituosa, snob. Contudo, também demonstra uma preocupação genuína pelo pai e pelos amigos, é divertida e generosa. O seu passatempo predileto é influir na vida amorosa dos que rodeiam, adora fazer de casamenteira, mas fá-lo da pior forma por exemplo para a sua protegida Harriet, colocando-a em situações no mínimo embaraçosas.
No seu núcleo íntimo de amizades está Mr. Knightley que é oposto de Emma. Ponderado, calmo, conhece Emma melhor do que ninguém e não tem pejo algum em chamá-la à atenção e criticá-la quando assim acha necessário. Foi a personagem com quem mais simpatizei e admirei a sua "astúcia" e o seu lado estoico que foram recompensados no final quando consegue que Emma compreenda o que estava à vista de todos - que o que a une a Mr. Knightley é mais do que uma profunda amizade.

Considerado como o romance perfeito de Jane Austen, Emma não me prendeu a atenção como o fabuloso Orgulho e Preconceito... Estou convencida de que, mesmo que a sua leitura não tivesse sido prejudicada por aspetos da minha vida profissional, não me teria enchido as medidas da mesma forma que o fez e faz Orgulho e Preconceito!... 

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